Minusca “determinada” a resolver questão de abusos
Vice-chefe da missão, Diane Corner, expressou forte condenação em relação a alegações de exploração sexual por integrantes da missão na República Centro-Africana; por videoconferência, de Bangui, ela falou a jornalistas na sede das Nações Unidas.
Laura Gelbert, da Rádio ONU em Nova York.
A vice-chefe da Missão Integrada da ONU na República Centro-Africana, Minusca, afirmou que o órgão “condena de forma veemente todos os casos de exploração e abuso cometidos por seu pessoal”.
Diane Corner declarou que a Minusca está “determinada a resolver este problema e garantir que a missão da ONU cumpra o seu mandato, sirva a população da República Centro-Africana, incluindo, particularmente, as vítimas destes tipos de abusos”.
Mancha
Ela disse ainda que “este é um problema que toda a liderança da missão leva extremamente a sério”.
Para a representante, a questão é “uma mancha na missão e no trabalho extremamente bom que a maioria esmagadora” do pessoal da Minusca está fazendo no país.
Alegações
Segundo Corner, a missão registrou 13 casos de abuso sexual supostamente envolvendo pessoal uniformizado da Minusca. Destes, de acordo com a representante, nove envolvem supostos ataques a menores.
Ela afirmou que a resposta aos relatos tem sido “estabelecer rapidamente se as alegações são credíveis e depois cuidar do bem-estar das vítimas”.
Ao mesmo tempo, a missão informa a sede das Nações Unidas em Nova York. Em casos envolvendo tropas, a responsabilidade de investigar é do país que contribuiu com as forças.
Tolerância Zero
O procedimento prevê que em 10 dias, esse Estado informe à organização se pretende investigar os casos.
Falando a jornalistas em Bangui no dia anterior, Diane Corner disse ainda que se o país não fizer uma apuração ou não responder ao pedido da sede das Nações Unidas, a organização vai lançar a sua própria investigação.
Na semana passada, o secretário-geral, Ban Ki-moon, fez uma videoconferência com os chefes das Missões de Paz da ONU. Ele reforçou que reforçou que a política deve ser de "tolerância zero" contra exploração sexual e abusos cometidos pelos próprios soldados de paz da organização.
Ele explicou que isso significa "complacência zero e impunidade zero" e que vale para todo o sistema das Nações Unidas.
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