Brasil e outros países fazem “importante contribuição” para eleições no Haiti
Reunião sobre processo eleitoral no país aconteceu nesta quinta-feira, na sede da ONU; começando em 9 de agosto, quase 6 milhões de haitianos vão escolher 1.280 administradores locais, 140 representantes municipais e 139 parlamentares; haitianos também vão democraticamente eleger um presidente.
Laura Gelbert, da Rádio ONU em Nova York.
O porta-voz do secretário-geral da ONU, Stephane Dujarric, afirmou que o Brasil fez uma “importante contribuição” para as eleições no Haiti.
Falando a jornalistas na sede das Nações Unidas, Dujarric declarou que durante reunião sobre o processo eleitoral haitiano, nesta quinta-feira, “o Brasil, o Canadá, a Noruega e os Estados Unidos fizeram importantes contribuições para ajudar a fechar a atual lacuna de financiamento para as próximas eleições” no Haiti.
Desejo
Em pronunciamento no encontro no Conselho de Tutela, a representante do secretário-geral no Haiti afirmou que o pleito é “essencial para a renovação imediata das instituições democráticas do país”.
Para Sandra Honoré, as eleições também são “essenciais” para o restabelecimento do equilíbrio institucional e para a consolidação democrática de longo prazo do Haiti.
A chefe da Missão de Estabilização da ONU no Haiti, Minustah disse que o pleito é importante “para satisfazer o desejo do povo haitiano por democracia, participação como cidadãos, prestação de contas, responsabilidade e boa governança”. O encontro também contou a presença do primeiro-ministro do país, Evans Paul.
Segurança
Em entrevista à Rádio ONU, de Porto Príncipe, o comandante do componente militar da Minustah, José Luiz Jaborandy Júnior, falou sobre a preparação para a segurança durante o período eleitoral.
“Apesar da grande, da radical diferença, entre os nossos efetivos presentes em 2010 e em 2015, nós estamos trabalhando de forma coordenada e conjunta com a polícia nacional do Haiti e com a polícia das Nações Unidas, estabelecendo um pool de forças de segurança que seja capaz de manter o ambiente seguro durante esse importante período, durante esse importante processo eleitoral, que vai marcar uma expressiva evolução na maturidade política deste país”.
Começando em 9 de agosto, quase 6 milhões de haitianos vão escolher 1.280 administradores locais, 140 representantes municipais e 139 parlamentares. O processo eleitoral, com diversos turnos, pode durar até o fim do ano.
Pela terceira vez consecutiva, os haitianos também vão democraticamente eleger um presidente. Segundo as autoridades, 38 mil candidatos estão concorrendo nas eleições locais, o que representa um número recorde.
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