África Subsaariana não atingiu meta sobre acesso à água potável
Unicef informa que 663 milhões de pessoas no mundo ainda bebem água de fontes que não são seguras, sendo que a metade está na região africana; em relação ao saneamento, 2,4 mil milhões de pessoas no mundo não têm serviço.
Edgard Júnior, da Rádio ONU em Nova Iorque.*
O Fundo das Nações Unidas para a Infância, Unicef, lançou esta terça-feira o relatório “Progresso sobre Saneamento e Água Potável: Atualização e Avaliação dos ODMs 2015”.
O estudo foi feito em parceria com a Organização Mundial da Saúde, OMS. O documento revela que no mundo, 663 milhões de pessoas ainda usam fontes de água impróprias para o consumo. Metade delas estão na África Subsaariana.
Objetivo
Pelo Objetivo de Desenvolvimento do Milênio número sete, os países precisavam até dezembro ter reduzido pela metade o total de pessoas sem acesso à água potável e ao saneamento básico.
Segundo o relatório, a África Subsaariana não cumpriu a meta, porém mais de 40% da população da região obteve acesso a fontes seguras de água desde 1990.
Casas de Banho
No mundo todo, 2,6 mil milhões de pessoas ganharam acesso ao bem natural e atualmente, fontes de água limpa estão disponíveis a 91% da população mundial.
O estudo do Unicef e da OMS revela também que 2,4 mil milhões de pessoas ainda não têm acesso ao saneamento básico. E quase 1 mil milhão não tem outra alternativa, a não ser fazer suas necessidades a céu aberto. Apenas 68% da população do planeta utiliza casas de banho.
Novas Metas
Uma das propostas da ONU com os novos objetivos de desenvolvimento sustentável, que serão anunciados em setembro, é acabar até 2030 com a falta de acesso ao saneamento básico.
Mas o relatório também fala de avanços: em 1990, mais de 2 mil crianças morriam por dia devido à diarreia causada pelo consumo de água imprópria e pela falta de saneamento. Mas atualmente, menos de mil menores de cinco anos de idade morrem pelos mesmos motivos.
*Apresentação: Leda Letra.