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Chefe da Unrwa destaca momento de reflexão sobre refugiados palestinos BR

Pierre Krahenbul. Foto: ONU/Rick Bajornas

Chefe da Unrwa destaca momento de reflexão sobre refugiados palestinos

Agência da ONU celebra 65 anos em cerimônia na sede das Nações Unidas nesta terça-feira; falando a jornalistas nesta segunda-feira, Pierre Krähenbühl mencionou o crescente custo humano da falta de uma solução política.

Laura Gelbert, da Rádio ONU em Nova York.

Uma cerimônia na sede das Nações Unidas, em Nova York, nesta terça-feira vai celebrar os 65 anos da Agência da ONU de Assistência a Refugiados Palestinos, Unrwa.

Segundo o chefe da agência, o evento contará com a presença de autoridades, especialistas em direitos humanos e refugiados palestinos de algumas das “zonas de crise e conflito onde a Unrwa atua”.

Momento de Reflexão

Pierre Krähenbühl afirmou que esse é um “momento de reflexão”, entre outras coisas, sobre o que “significa ser um refugiado palestino” atualmente e também sobre algumas das conquistas e desafios da agência.

O chefe da Unrwa mencionou que a agência é uma “lembrança viva de que a questão dos refugiados palestinos não foi resolvida politicamente ao longo desse tempo”.

Krähenbühl disse ainda que os refugiados palestinos enfrentam uma “crise existencial em muitas frentes” neste momento e mencionou a situação em Gaza, citando o “contínuo impacto do bloqueio”, a “destruição” do último conflito e o índice de desemprego, entre outras questões.

Custo Humano

Falando a jornalistas nesta segunda-feira, o chefe da agência da ONU citou a situação de palestinos na Cisjordânia, na Síria, no Líbano e na Jordânia.

Ele mencionou as ações da Unrwa e lembrou o “custo humano significativo” ao lembrar que a agência perdeu 11 funcionários durante o conflito do ano passado em Gaza e 14 na Síria desde o início do conflito, onde muitos ainda estão detidos ou desaparecidos.

Falando sobre a questão política, Krähenbühl disse que não faz parte do mandato da Unrwa lidar com este aspecto da situação, mas que “diariamente é visto o custo humano da falta de uma solução política” e que ele “está crescendo”.

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