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Falando a refugiados, Ban pede “caminhos seguros para migração” BR

Forças marítimas italianas conduzem operações de resgates de migrantes no Mar Mediterrâneo. Foto: OIM/Francesco Malavolta

Falando a refugiados, Ban pede “caminhos seguros para migração”

Secretário-geral concluiu visita à Irlanda nesta segunda-feira; ele chamou atenção às recentes tragédias no Mediterrâneo e no sudeste asiático.

Laura Gelbert, da Rádio ONU em Nova York.

A comunidade internacional deve intensificar ações para fornecer caminhos regulares e seguros para migração e acesso à proteção.

A declaração foi feita pelo secretário-geral da ONU nesta segunda-feira, ao concluir sua viagem à Irlanda com uma visita a uma comunidade de  refugiados reinstalados.

Tragédias

Falando a cidadãos do Afeganistão, República Democrática do Congo, Mianmar, Sudão e Síria”, Ban Ki-moon recordou seu tempo de criança durante a Guerra da Coreia, quando ele fugiu com sua família para as montanhas próximas a sua aldeia.

O chefe da ONU chamou atenção para as recentes tragédias no mar Mediterrâneo e no sudeste asiático onde milhares de migrantes e refugiados morreram após se tornarem vítimas de contrabandistas ao buscarem uma vida melhor em outros locais.

De acordo com a ONU, cerca de um terço dos migrantes atravessando o mar Mediterrâneo são refugiados sírios. Milhares de outros são da Eritreia, Somália e Afeganistão, entre outros países.

Em apenas um fim de semana em abril, 900 pessoas morreram tentando fazer a travessia.

Segundo Ban, esta “grave perda de vida” poderia ser evitada através de um sistema de migração mais acessível e transparente e a criação de caminhos adicionais regulares e seguros, além de acesso à proteção.

Solidariedade

Para Ban, “ao considerar como evitar tais tragédias, é importante pensar nas pessoas que foram forçadas a fugir e garantir que a resposta reflita os princípios e valores comuns de humanidade, solidariedade e respeito aos direitos humanos”.

Ele saudou as propostas da agenda para migração da Comissão Europeia, “particularmente seu enfoque em salvar vidas e garantir proteção aos que precisam”.

O secretário-geral afirmou que a ONU e o alto-comissário para Refugiados estão “prontos para trabalhar com a União Europeia, seus países membros e outras nações no apoio e desenvolvimento das medidas incluídas na agenda”.

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