Perspectiva Global Reportagens Humanas

FAO quer acabar com peste dos pequenos ruminantes até 2030 BR

Agênicia quer eliminar a doença que mata carneiros e cabras. Foto: FAO/Giulio Napolitano

FAO quer acabar com peste dos pequenos ruminantes até 2030

Agência da ONU e a Organização Mundial para Saúde Animal disseram que é possível acabar com a doença que mata carneiros e cabras; especialistas afirmam que PPR, como é chamada, está presente em 70 países na Ásia, África e Oriente Médio.

Edgard Júnior, da Rádio ONU em Nova York.

A Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação, FAO e a Organização Mundial para Saúde Animal, OIE, querem erradicar a peste dos pequenos ruminantes, PPR, até 2030.

As agências disseram que é possível acabar com a doença que mata principalmente carneiros e cabras, livrando milhões de famílias rurais de um dos maiores riscos ao seu bem-estar e segurança alimentar.

Conferência Internacional

Para combater o problema, representantes de 70 países estão reunidos, esta terça-feira, na Conferência Internacional sobre o assunto em Abidjan, na Côte D’Ivoire, também conhecida como Costa do Marfim. A praga dos carneiros e cabras foi detectada pela primeira vez na cidade em 1940.

Os especialistas alertam que a PPR tem se propagado rapidamente nos últimos 15 anos pelo leste e sul da Ásia, pela África e também pelo Oriente Médio.

Mas a FAO diz que se nada for feito, a doença pode chegar à Europa. Se os rebanhos não forem vacinados, 90% dos animais podem morrer.

Perdas Globais

As duas organizações disseram que, até agora, a única doença animal erradicada foi a peste bovina depois de uma ampla campanha em 2011.

Segundo a FAO e a OIE as capacidades técnicas para acabar com a PPR estão disponíveis. Os especialistas explicaram que já existe uma vacina segura, confiável e de baixo custo, como também testes que realizam diagnósticos simples.

A doença causa perdas globais anuais de até US$ 2,1 bilhões, o equivalente a R$ 6,8 bilhões. Esse valor não inclui perdas indiretas ligadas a restrições de comércio e movimentação ou transporte do rebanho devido à epidemia.

A FAO e a OIE afirmam que o sucesso da campanha exige compromisso político para fornecer recursos financeiro e humano para as operações.