Gordon Brown quer US$ 163 milhões anuais para escolas em áreas de conflito
Enviado sobre Educação Global disse que a Nigéria tem 10 milhões de crianças fora da escola; nova tecnologia vai alertar sobre ameaças aos estabelecimentos de ensino.
Eleuterio Guevane, da Rádio ONU em Nova Iorque.
O enviado especial do secretário-geral sobre a Educação Global, Gordon Brown, pediu aos países que contribuam com mais US$ 163 milhões ao ano para avanços na iniciativa para educação em áreas de conflito.
Falando a jornalistas, em Nova Iorque, o antigo primeiro-ministro britânico explicou que cerca de US$ 100 milhões já foram angariados junto de países dispostos em apoiar a Iniciativa Escolas Seguras para as crianças, as quais considerou de "vítimas silenciosas dos conflitos".
Escolas Seguras
Gordon Brown disse que 28 milhões de crianças estão desprovidas do mais básico direito à educação, a maioria no que chamou de “nações com mais turbulência no mundo”. A Nigéria tem 10 milhões de crianças fora da escola e o Paquistão tem entre 5 milhões e 7 milhões de menores nessa situação.
O enviado pediu atenção para crianças sírias que estão fora da escola. Na ocasião, anunciou um acordo alcançado entre a iniciativa e o governo libanês para que crianças do países estudem num período e as sírias no outro, para permitir que as refugiadas tenham mais possibilidades de ir à escola. De acordo com Brown, 500 mil crianças estão fora da escola no Líbano.
Tecnologia
No Paquistão, a iniciativa lançou um programa de novas tecnologias para tornar mil escolas mais seguras. Além do Líbano, o projeto deve der estendido para o Sudão do Sul e a República Democrática do Congo.
Brown disse ainda que graças à parceria com companhias privadas, a tecnologia pode alertar escolas, governos e autoridades locais sobre ameaças aos estabelecimentos de ensino. A tecnologia pode dar informações sobre meios e mudanças para proteger as escolas ou ainda sobre o risco ou propensão de ataques terroristas.
Ele pediu mais apoio do resto do mundo à Declaração Internacional de Escola Seguras, também chamada Diretrizes de Lousane, que pretende proteger as escolas da militarização e ataques a mesma proteção que a Cruz Vermelha. Cerca de 30 países assinaram o documento.
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