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ONU atrai US$ 23 milhões para iniciativa Escolas Seguras na Nigéria

Proteção de 10,5 mil alunos. Foto: Acnur.

ONU atrai US$ 23 milhões para iniciativa Escolas Seguras na Nigéria

Informação do secretário-geral foi dada quando se assinalam 50 dias do rapto de mais de 200 meninas na área nordestina de Chibok; plano visa garantir segurança de 10,5 milhões de crianças em idade escolar.

Eleutério Guevane, da Rádio ONU em Nova Iorque.

Nos 50 dias do rapto de mais de 200 meninas pelo grupo Boko Haram na Nigéria, o secretário-geral das Nações Unidas disse que continua a fazer o possível para garantir a sua libertação e retorno seguro às famílias.

Nesta quarta-feira, o enviado especial de Ban Ki-moon para a Educação Global, Gordon Brown, anunciou que a Iniciativa Escolas Seguras na Nigéria atraiu mais de US$ 23 milhões até o momento.

Apoio Inicial

Falando a jornalistas em Nova Iorque, o porta-voz do chefe da ONU disse o valor será para fornecer um apoio inicial. O grupo foi sequestrado em abril na área de Chibok, no estado nigeriano de Borno.

Stephane Dujarric disse que o objetivo é garantir que as escolas, particularmente no norte, sejam protegidas de ataques além da tomada de medidas para melhorar a segurança na educação para meninas e meninos.

O escritório de Brown e o Fundo da ONU para a Infância devem trabalhar juntos para implementar a iniciativa, anunciada em princípios de maio na capital nigeriana, Abuja. O projeto também reúne parceiros da área empresarial e da sociedade civil.

Zonas Vulneráveis

O plano combina ações baseadas na escola e na comunidade com medidas especiais para a proteção para alunos de cerca de 5 mil estabelecimentos de ensino primário e secundário das zonas vulneráveis.

No comunicado, Ban promete continuar a trabalhar com o governo monitorizando a situação além de desenvolver planos de educação. A meta é garantir que os 10,5 milhões de crianças em idade escolar tenham espaços seguros para aprender.

A nota do secretário-geral encerra a reiterar que nenhuma criança deve ser impedida de aprender e nem enfrentar a ameaça de rapto pelo desejo de ir à escola.