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FAO: uso global de fertilizantes passará de 200 milhões de toneladas em 2018

Aumento do uso de fertilizantes. Foto: Banco Mundial/John Hogg

FAO: uso global de fertilizantes passará de 200 milhões de toneladas em 2018

Resultado será 25% maior do que o recorde registado em 2008; utilização do produto deve crescer 4,7% por ano na África Subsaariana, maior índice no mundo.

Edgard Júnior, da Rádio ONU em Nova Iorque.*

A Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação, FAO, alertou que o uso global de fertilizantes vai chegar a 200,5 milhões de toneladas em 2018.

Segundo a agência da ONU, o consumo mundial de fertilizantes vai aumentar 1,8% anualmente pelos próximos três anos. O cálculo consta do relatório Tendências e Panorama Mundial sobre o Uso de Fertilizantes lançado esta quinta-feira pela organização.

Nitrogénio

Ao mesmo tempo, o documento diz que “a capacidade global para o uso de produtos fertilizantes, intermediários e matéria bruta deve crescer ainda mais”.

A procura por fertilizantes de nitrogênio, os mais usados, deve aumentar mais na África Subsaariana, cerca de 4,6% por ano. Os outros dois fertilizantes muito utilizados são de fósforo e potássio.

O relatório mostra que apesar da projeção de um forte crescimento do uso de fertilizantes na região, o mais rápido do mundo, África vai continuar a ser o maior exportador de nitrogénio com mais de 3,4 milhões de toneladas.

Ásia

A FAO afirmou que o leste e o sul da Ásia consomem 60% de toda a produção de fertilizantes de nitrogéneo no mundo. A agência prevê que o crescimento nestas regiões será moderado até 2018.

O aumento do uso na América do Norte deve chegar a 0,5% por ano, aproximadamente 300 mil toneladas, mas na Europa, a FAO diz que os agricultores devem reduzir o uso dos fertilizantes em pelo menos 50 mil toneladas.

As diferenças entre as demandas totais de nitrogéneo continuaram muito altas. Em 2018, a FAO estima que África vai precisar de 4,1 milhões de toneladas, a Europa 15,7 milhões e as Américas 23,5 milhões de toneladas.

Mas a maior procura vai ocorrer na Ásia, com 74,2 milhões de toneladas de fertilizantes de nitrogéneo.

*Apresentação: Denise Costa.