Tanzânia: ONU quer responsáveis pela morte de bebé albino levados a tribunal
Chefe dos Direitos Humanos quer medidas mais fortes para proteger pessoas que vivem com a condição; Yohana Bahati, de um ano, foi encontrado morto e sem os membros no norte do país.
Eleutério Guevane, da Rádio ONU em Nova Iorque.
O alto comissário das Nações Unidas para os Direitos Humanos apelou às autoridades da Tanzânia que investiguem rapidamente e levem a tribunal os autores do assassinato do bebé albino Yohana Bahati. Ele foi encontrado morto, esta terça-feira, no norte do país.
Zeid Al Hussein deplora o que considerou de crime "terrível" contra a criança de um ano. O representante pediu às autoridades do país que reforcem as suas medidas de proteção para as pessoas que vivem com a condição.
Rituais
Zeid chamou atenção ao facto de o ato ter ocorrido próximo das eleições gerais. No país, as partes do corpo das vítimas albinas seriam usadas para rituais. A nota exige o fim da violência e da discriminação às pessoas com albinismo.
No domingo, Yohana foi raptado da sua casa por cinco homens armados não identificados, que empunhavam facões. A mãe ficou gravemente ferida. O corpo do bebé foi encontrado na terça-feira, com os braços e as pernas cortados.
Pelo menos 75 pessoas com albinismo morreram desde 2000 na Tazânia devido à prática, que Zeid defende estar aparentemente aumentar. Pelo menos três incidentes similares ocorreram nos últimos dois meses, destaca a nota.