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Alto comissário apela aos lados em conflito na Ucrânia para evitar escalada BR

Zeid Al Hussein. Foto: ONU/Jean-Marc Ferré

Alto comissário apela aos lados em conflito na Ucrânia para evitar escalada

Em comunicado, Zeid Al Hussein disse que combates no  leste do país são uma catástrofe para os civis; chefe de direitos humanos pede a todos os países com influência na região que ajudem a acabar com a violência.

Mônica Villela Grayley, da Rádio ONU em Nova York.

As Nações Unidas afirmaram que o conflito na Ucrânia está tendo consequências “catastróficas” para os civis. Em comunicado, o alto comissário de direitos humanos da ONU afirmou que todos os lados em combate têm de evitar a escalada da violência.

Zeid Al Hussein contou que pontos de ônibus e transporte público, assim como lojas, escolas e hospitais tornaram-se campos de batalha nas regiões ucranianas de Donetsk e Luhansk.

Influência

Segundo as Nações Unidas, mais de 5,3 mil pessoas foram mortas nos confrontos e outras 12,2 mil ficaram feridas desde meados de abril do ano passado.

Zeid pediu aos países que têm relações e influência na região que ajudem a acabar com a violência. O alto comissário da ONU também pediu o respeito pelo acordo de cessar-fogo de Minsk. Segundo Zeid, a escalada da violência só irá piorar a situação de 5,2 milhões de pessoas que vivem na região do conflito.

Inverno rigoroso

A porta-voz do alto comissário, Ravina Shamdasani, lembrou que os lados em combate estão usando o que ela chamou de “uma escalada perigosa da retórica” assim como a quebra total da lei e da ordem.

Em apenas três semanas de janeiro, pelo menos 224 pessoas morreram e 545 ficarem feridas com a escalada dos confrontos. Zeid Al Hussein também mencionou as duras condições do inverno rigoroso para os civis além da falta de água e de blecautes.

Para o alto comissário a continuação do conflito tornará a situação humanitária    insuportável para os ucranianos. A Comissão de Direitos Humanos na Ucrânia deverá apresentar seu próximo relatório sobre a situação no país incluindo a Crimeia no início de março.