Ban cita papel do Rei Abdullah para abordar desafios em tempo turbulento
Imprensa oficial saudita anunciou a morte do monarca, de 90 anos, na madrugada desta sexta-feira, hora local; secretário-geral destaca que legado do rei saudita ainda pode apontar caminho a seguir para a paz no Médio Oriente.
Eleutério Guevane, da Rádio ONU em Nova Iorque.
O secretário-geral das Nações Unidas, Ban Ki-moon, homenageou o Rei Abdullah, da Arábia Saudita, numa mensagem emitida após a sua morte na madrugada desta sexta-feira, hora local.
De acordo com agências de notícias, o monarca, de 90 anos, perdeu a vida semanas após ter sido admitido num hospital. Fontes oficiais informaram que o seu irmão Salman, de 79 anos, foi confirmado como o novo rei.
Desafios
Numa mensagem emitida pelo seu porta-voz, Ban Ki-moon presta o seu tributo ao que considera de esforços do monarca saudita "para abordar os desafios regionais e internacionais num momento de turbulência e de mudanças rápidas, e para promover o diálogo entre as religiões do mundo."
Ban disse ter recebido com tristeza a notícia do falecimento do rei Abdullah ao endereçar condolências à família, ao governo e ao povo saudita.
A mensagem destaca as contribuições do rei Abdullah para o desenvolvimento do reino que "sob a sua liderança, ao longo de várias décadas, em diferentes cargos de alto nível no governo, alcançou progressos notáveis e a prosperidade para o seu povo".
Legado
O chefe da ONU declara que como a força motriz por detrás da Iniciativa de Paz Árabe, o rei Abdullah "deixou um legado tangível que ainda pode apontar o caminho a seguir para a paz no Médio Oriente".
O agradecimento do secretário-geral foi igualmente manifestado pelo apoio humanitário e de desenvolvimento concedido pelo rei Abdullah a toda a região árabe e ao resto do mundo.
Ao terminar a mensagem, Ban destaca que a liderança do falecido monarca será lembrada em todo o mundo árabe e islâmico além da comunidade internacional.