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Para secretário-geral, sul da Ásia enfrenta perigo das armas nucleares BR

Ban durante discurso na Índia. Foto: ONU/Mark Garten

Para secretário-geral, sul da Ásia enfrenta perigo das armas nucleares

Na Índia, Ban Ki-moon ressalta o papel do país para o alcance da paz na região e no mundo; chefe da ONU também discutiu importância de se acabar com o trabalho infantil.

Leda Letra, da Rádio ONU em Nova York. 

O secretário-geral das Nações Unidas fez um discurso esta segunda-feira na Índia, onde discutiu o papel do país para o alcance da paz. No Conselho Indiano para Relações Mundiais, Ban Ki-moon afirmou que o sul da Ásia “enfrenta o grave perigo das armas nucleares”.

Em Nova Déli, o chefe da ONU destacou que “cada adição aos arsenais aumentam os riscos de um pesadelo nuclear”. Ele explicou que em algumas regiões, como no sul asiático, o estoque de armas nucleares está aumentando e ficando mais diverso e sofisticado.

Desarmamento

Ban Ki-moon afirmou estar preocupado com a falta de desarmamento global e pediu à Índia que renove sua liderança no setor.

Ban também citou o papel dos países da região em trabalhar a favor da estabilidade do Paquistão e do Afeganistão, em especial por meio de trocas no setor da educação.

Segundo o secretário-geral, a reforma política do Afeganistão precisa ter como foco a paz e a reconciliação e ter o apoio da Índia.

Trabalho Infantil

O secretário-geral encontrou-se ainda com a ministra das Relações Exteriores, Sushma Swaraj, onde discutiram mudança climática, reforma do Conselho de Segurança e questões ligadas às mulheres.

Com o ganhador do prêmio Nobel da Paz, o ativista Kailash Satyarthi, Ban Ki-moon falou sobre a importância de se acabar com a escravidão infantil no mundo. Juntos, eles lançaram a campanha ONU 70, relacionada ao aniversário da organização. Satyarthi compartilhou, no ano passado, o Nobel da Paz com a paquistanesa Malala Yousafzai.

Também na Índia, o secretário-geral disse ter orgulho em promover uma vida de qualidade para todas as pessoas, incluindo gays, lésbicas, bissexuais e transgêneros. E pediu ao país para promover a tolerância e a não-discriminação, lembrando que cerca de 500 milhões de indianos sofrem com a pobreza.