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Chefe da FAO afirma que cooperação sul-sul é “relação entre iguais” BR

Foto: FAO/Roberto Faidutti

Chefe da FAO afirma que cooperação sul-sul é “relação entre iguais”

Troca de conhecimento entre estas nações pode oferecer novas soluções para desafios de desenvolvimento, segundo José Graziano da Silva; primeira conferência sobre cooperação Sul-Sul aconteceu no último fim de semana no Marrocos; ministros da Guiné-Bissau participaram do encontro.

Laura Gelbert, da Rádio ONU em Nova York.*

A cooperação horizontal entre países do sul é cada vez mais importante para abordar os desafios do desenvolvimento.

A afirmação é do diretor-geral da Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação, FAO, José Graziano da Silva. Ele falou durante a primeira conferência sobre cooperação Sul-Sul em Marrakech, no Marrocos, neste fim de semana.

Iguais

Graziano da Silva afirmou ainda que a troca dá uma perspectiva diferente à cooperação internacional como uma “relação entre iguais” que “rompe com a tradicional dicotomia entre doadores e receptores”.

Segundo o chefe da FAO, “muitos países em desenvolvimento enfrentam desafios semelhantes em segurança alimentar e desenvolvimento agrícola e rural e, em muitos casos, as condições geográficas, climáticas e socioeconômicas são parecidas”. Graziano da Silva afirmou que isto faz com que seja mais fácil “adaptar experiências bem-sucedidas a realidades locais”.

Ele declarou que o papel da FAO é facilitar a troca de experiências e desenvolvimento de soluções entre esses países.

Programa

Desde 1996, o programa Sul-Sul da FAO trabalha para identificar necessidades e conectar países que podem se beneficiar um do outro, ajudando a enviar mais de 1,8 mil especialistas e técnicos a mais de 50 nações.

A conferência de dois dias reuniu representantes de mais de 20 países africanos para trocar experiências e fortalecer cooperação em administração de água, financiamento e inovação em agricultura familiar.

Vários ministros africanos compareceram ao evento incluindo autoridades da Guiné-Bissau, da República do Congo, da Côte d'Ivoire ou Costa do Marfim, do Quênia e do Sudão, entre outros.

*Apresentação: Mônica Villela Grayley.