Em Harvard, Ban pede à comunidade global que confronte ameaças ao mundo
Em palestra na universidade americana, secretário-geral falou sobre Objetivos de Desenvolvimento do Milênio, mudanças climáticas, direitos humanos e ebola, entre outros assuntos.
Laura Gelbert, da Rádio ONU em Nova York.
O mundo hoje enfrenta uma crescente variedade de ameaças à coexistência pacífica, de mudanças climáticas e conflitos à pobreza e doença. Todas elas pairam sobre o futuro do planeta.
A declaração foi feita pelo secretário-geral da ONU em uma palestra na universidade de Harvard, nos Estados Unidos, nesta terça-feira.
Objetivos de Desenvolvimento do Milênio
Segundo Ban Ki-moon, o mundo está buscando alcançar os Objetivos de Desenvolvimento do Milênio há quase 15 anos. Ele afirmou que os ganhos têm sido notáveis, mas que ainda há muito a ser feito.
Ele descreveu ações apoiadas pela ONU para reduzir a pobreza extrema e a fome, promover educação, especialmente para meninas, combater doenças e proteger o meio ambiente.
O chefe da ONU declarou que a atual população global é a “primeira geração” que poderia pôr fim à pobreza, e também é a última com chance de retardar o aquecimento global antes de ser “tarde demais”.
COP 20
A Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas, COP 20, começou nesta semana em Lima, no Peru. Nela, os Estados membros vão colocar suas contribuições para um novo acordo universal sobre o assunto, apoiado pela ONU, a ser adotado em Paris em dezembro de 2015.
Ban também alertou sobre o perigo representado pelos arsenais nucleares no mundo e mencionou que governos e sociedade civil devem debater o assunto, na semana que vem, em Viena.
Direitos Humanos
O secretário-geral afirmou que violações de direitos humanos permanecem sinais claros de instabilidade e violência para a comunidade internacional, mencionando as crises na Síria, no Iraque, na República Centro-Africana e no Sudão do Sul.
Sobre o ebola, Ban citou a missão da ONU de resposta ao surto e disse que os países afetados estão “lutando para conter” a crise. Ele pediu aos cientistas da Harvard que continuem seus “esforços pioneiros de pesquisa” sobre a epidemia, além de continuar buscando vacinas e curas para outras doenças.
Na universidade, Ban recebeu o Prêmio Humanitário do Ano de Harvard, em nome “da equipe corajosa da ONU”.