Ebola: Banco Mundial dá US$ 100 milhões para contratação de novos médicos
Objetivo é enviar com rapidez profissionais de saúde para os três países mais afetados pelo surto na África Ocidental; com o anúncio, sobe para mais de US$ 500 milhões o total financiado pelo órgão em resposta ao vírus.
Leda Letra, da Rádio ONU em Nova York.
O Banco Mundial anunciou esta quinta-feira um financiamento de US$ 100 milhões para acelerar o envio de médicos aos três países mais afetados pelo surto de ebola.
Com a quantia, equivalente a R$ 239 milhões, sobe para mais de US$ 500 milhões o total disponibilizado pelo Banco Mundial para Guiné, Libéria e Serra Leoa.
Tratamento
As Nações Unidas calculam um déficit de 5 mil médicos e profissionais de saúde treinados para responder ao surto de ebola. Os profissionais são essenciais para ajudar a conter a epidemia, tratar e cuidar de pacientes e administrar os centros de tratamento.
O presidente do Banco Mundial, que está na África, declarou que “a resposta internacional aumentou nas últimas semanas, mas ainda faltam muitos profissionais de saúde nas áreas com os maiores riscos de infecção.”
Coordenação
Jim Yong Kim espera que os US$ 100 milhões impulsionem a presença de profissionais nas comunidades que mais precisam. O dinheiro será usado também para criação de um centro de coordenação entre os três países, a Organização Mundial da Saúde e a sede da Missão da ONU para o Ebola, Unmeer, em Gana.
Segundo o Banco Mundial, o centro vai resolver problemas que impedem a contratação de trabalhadores de saúde, como pagamentos e benefícios, recrutamento e treinamento, segurança, transportes e acomodação.
O financiamento também vai reforçar a capacidade dos três países em alcançar metas estabelecidas pela Unmeer e pela OMS: isolar e tratar 70% dos casos suspeitos e enterrar com segurança 70% das vítimas do vírus dentro de um prazo de 60 dias.