Ban faz apelo por redução da morte de civis e de deslocamentos
Ao Comité do Acnur, em Genebra, secretário-geral diz que nunca existiram tantos refugiados, deslocados internos e candidatos a asilo; só em África, 2 milhões deixaram suas casas neste ano.
Leda Letra, da Rádio ONU em Nova Iorque.
O secretário-geral está em Genebra e falou esta quarta-feira na reunião do Comité Executivo do Alto Comissariado da ONU para Refugiados, Acnur.
Ban Ki-moon afirmou que nunca na história das Nações Unidas houve tantos refugiados, deslocados internos e candidatos a asilo.
África
Segundo Ban, o continente africano abriga milhões de refugiados e desalojados internos, a incluir mais de 2 milhões de pessoas forçadas a deixar as suas casas somente neste ano.
O secretário-geral lembrou que cidadãos estão a sofrer por guerras e conflitos na República Centro-Africana, Nigéria, Corno de África e Sahel.
Nova Abordagem
Ban Ki-moon elogiou o Acnur por “sua cultura de proteção” e por servir de modelo. O chefe da ONU destacou a ajuda oferecida a 100 mil pessoas que buscaram refúgio nas bases da organização no Sudão do Sul, que segundo Ban, representou uma nova abordagem de assistência durante conflitos.
A situação no Iraque e na Síria também mereceu destaque no discurso de Ban, que citou “novos níveis de barbaridade a cada dia, criando efeitos arrasadores pela região”.
Neste sentido, o secretário-geral pediu ao mundo que faça mais para prevenir os deslocamentos forçados, tratar suas causas e apoiar soluções para os afectados. Para isso, Ban Ki-moon diz que são necessários mais recursos e lideranças políticas.