Chefe da nova missão da ONU para combater ébola chega a Gana
Anthony Banbury desembarcou no país africano na manhã desta segunda-feira; agência das Nações Unidas para agricultura, FAO, junta-se a ações globais com foco na doença e outras enfermidades infecciosas.
Laura Gelbert, da Rádio ONU em Nova Iorque.
Uma equipa da Missão da ONU para a Resposta de Emergência ao Ébola, Unmeer, na sigla em inglês, chegou nesta segunda-feira a Gana.
O grupo é liderado pelo representante especial do secretário-geral e chefe da Unmeer, Anthony Banbury.
Animais
Da capital, Acra, a missão segue para Guiné, Libéria e Serra Leoa, os países mais afetados pelo surto.
Na sexta-feira, o diretor-geral da Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação, FAO, José Graziano da Silva, destacou a necessidade de controle à saúde de animais.
Isto seria para a ajudar a frear a transmissão de ébola e outras doenças infecciosas perigosas a humanos.
Graziano da Silva juntou-se a líderes da Organização Mundial da Saúde, OMS, da Organização Mundial para Saúde dos Animais, e representantes de mais de 40 países, num evento ocorrido na Casa Branca na sexta-feira, 26 de setembro.
Impacto
O chefe da FAO reiterou o compromisso da agência, junto com as demais entidades, em apoiar países no combate a ameaças à saúde provenientes de animais.
O presidente dos Estados Unidos falou sobre importância de lidar com os surtos de doenças contagiosas coletivamente. Barack Obama destacou que num mundo profundamente interconectado, os surtos têm o potencial de impactar todos os países.
A Agenda Global sobre Segurança na Saúde, iniciada pelo governo dos Estados Unidos, é uma parceria internacional para fortalecer sistemas de saúde. O objetivo é prevenir, detectar e responder a ameaças emergentes de doenças.
Segundo a FAO, estima-se que 70% das novas doenças contagiosas que surgiram em humanos nas últimas décadas tenham origem animal, principalmente selvagem.
Prevenção
O diretor-geral da agência afirmou que ao focar em prevenção, os países podem minimizar o número de mortes de pessoas quando uma doença passa de animais para humanos, e assim, fica mais difícil de ser administrada. Este seria um fato ilustrado pelo atual surto de ébola na África Ocidental.
Graziano da Silva expressou “grande preocupação” com o possível impacto desta epidemia na “segurança alimentar e subsistências das comunidades afetadas, com o potencial se causar insegurança alimentar de longo prazo” na região.