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Pnud afirma que Angola cumpriu metade dos Objetivos do Milénio

Bandeira de Angola

Pnud afirma que Angola cumpriu metade dos Objetivos do Milénio

Assessora económica do Programa da ONU afirmou que a avaliação sobre o país é positiva; Fernanda Mendy explicou que índice de pobreza caiu de 68 por cento para 37 por cento e deve atingir a meta até final de 2015.

Matilde Rosa, de Luanda para a Radio ONU*.

A assessora económica do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento em Angola, Pnud, Fernanda Mendy, fez a avaliação dos objetivos do milénio no país. Dos oito pontos, metade foram cumpridos.

Fernanda Mendy disse que a avaliação é positiva se se tiver em conta o longo período de instabilidade da guerra civil em Angola. 

Pobreza

“Dos oito objetivos traçados, mais da metade foram cumpridos, ou estão a ser cumpridos, e serão alcançados. Por exemplo, o primeiro objetivo que é a erradicação da pobreza, Angola conseguiu em menos de uma década baixar os indíces para metade. Em 2001 o nível da pobreza era de 68% e neste momento até 2008 a pobreza foi reduzida para 37%. A meta até 2015 é de 34%, portanto mais de metade foi alcançado.”

Mendy disse ainda que o segundo objetivo que é o ensino primário universal, “observou-se que a taxa de frequência em 2001 que era de 38% foi superado e até ao período de referência, que é 2010, a taxa de frequência aumentou para 76%. Isso é um ganho enorme, referiu.”

Igualdade de Género

O país obteve um avanço em relação à promoção da igualdade de género. Segundo a assessora do Pnud, o número de mulheres na Assembleia de Angola supera o de muitos dos países da subregião.

Fernanda Mendy citou também redução da mortalidade infantil, mas alertou que apesar da melhora do índice esse é um assunto junto com a saúde materna que precisa ser trabalhado. Segundo ela, os indicadores evoluíram mas não como era desejado.

“O combate à sida tem sido eficiente. O índice continua baixo se tivermos em conta o período de guerra em Angola”.

Em termos de desenvolvimento humano, Fernanda Mendy, disse que há muito que fazer, porque Angola qualificou-se para pertencer ao grupo de países de rendimento médio.

*Com reportagem da Rádio Nacional de Angola. Apresentação: Denise Costa.