Chefe do Pnud ressalta impulso africano rumo à integração regional
Helen Clark destaca altas taxas de crescimento económico, progressos na governação e investimentos; Madagáscar acolhe encontro que debate objetivos de desenvolvimento global e impacto no continente.
Eleutério Guevane, da Rádio ONU em Nova Iorque.*
A administradora do Programa da ONU para o Desenvolvimento, Pnud, disse que África regista um impulso para a integração regional e sub-regional que se alastra para mercados internos e cria oportunidades de crescimento e emprego.
Helen Clark disse que, em geral, as perspetivas para o continente são diferentes da altura em que foram adotados os Objetivos de Desenvolvimento do Milénio, ODM, no princípio do século.
Encontro Anual
A responsável falou na abertura do Encontro Anual do Pnud em África, que decorre desde segunda-feira na capital de Madagáscar, Antananarivo. A reunião decorre sob o lema: Em Direção a uma África Emergente: Dos ODM aos ODS.
Clark afirmou que a Comunidade dos Países da África Austral, Sadc, é um bom exemplo de como pode ser dada ajuda de uma instituição regional ao ter trazido de volta aos trilhos o Madagáscar para a democracia.
A representante declarou que além desse bloco regional, as comunidades da África Oriental e da África Ocidental também estavam em busca das vias de integração.
Em relação ao continente, Clark assinalou a realização de várias eleições credíveis e que a Nigéria fez uma transição pacífica do poder para um candidato da oposição pela primeira vez.
Crises
África também mereceu destaque pelas altas taxas de crescimento económico. Desde 2005, o crescimento do Produto Interno Bruto, PIB, ronda os 5%, apesar de "pressões causadas pelas crises financeiras globais e suas consequências".
Os outros fatores citados são preços favoráveis das matérias-primas, investimentos em indústrias extrativas, melhoria da estabilidade política, instituições fortes, maior segurança e condições macroeconómicas estáveis.
Clark disse que vários países reduziram rapidamente as suas taxas de mortalidade de menores de cinco anos, e que havia muito mais crianças na escola.
Os progressos mencionados pela chefe do Pnud incluem a descida das taxas de prevalência do HIV e o acesso de muitas pessoas que vivem com o vírus aos medicamentos antirretrovirais em África.
*Apresentação: Denise Costa.
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