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Acnur leva ajuda a 12 mil deslocados no oeste da Líbia

Camiões com ajuda chegam à Líbia. Foto: Acnur/A.Ibrahim

Acnur leva ajuda a 12 mil deslocados no oeste da Líbia

Agência de refugiados da ONU conseguiu pela primeira vez enviar assistência humanitária para região; milhares de deslocados fugiram para área com medo da violência na capital, Trípoli.

Edgard Júnior, da Radio ONU em Nova Iorque.

O Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados, Acnur, enviou, pela primeira vez, ajuda humanitária para 12 mil deslocados no oeste da Líbia.

Segundo a agência da ONU, milhares de pessoas fugiram para a região por causa dos confrontos e da violência em Trípoli.

Carregamentos

O primeiro comboio levou cobertores, sacos de dormir e fraldas para os mais necessitados em Zawiya, a cerca de 45 quilômetros da capital do país.

A ONG International Medical Corps enviou um segundo carregamento com remédios, produtos e equipamentos médicos para os deslocados.

O representante interino do Acnur na Missão para a Líbia, Saado Quol, afirmou que a operação é crucial e espera que ela abra o caminho para outras ações humanitárias no país.

Impedimentos

O Alto Comissariado para Refugiados tem um depósito em Trípoli com estoques de materiais de assistência humanitária, mas as equipes não conseguem ter acesso ao local por causa da insegurança.

O Acnur afirma que a capital da Líbia sofre com a falta de combustível e de eletricidade. Segundo a agência da ONU, isso tem impedido os serviços de distribuição de bens básicos de saúde, como água, comida, óleo para cozinhar e leite para crianças.

Fuga

Segundo a Federação da Cruz Vermelha e da Sociedade do Crescente Vermelho, pelo menos 2 milhões de pessoas correm risco de falta de comida se os conflitos continuarem no país.

O representante do Acnur afirmou que as pessoas que fugiram da capital não podem seguir mais para o oeste, para escapar da violência, porque as estradas não tem segurança.

Quol disse que essas pessoas precisam de ajuda urgente e que apesar dos desafios, a agência da ONU deve ter condições de responder às necessidades dos afetados pela crise.