Agências humanitárias enfrentam obstáculos para ajudar sírios

Alerta foi dado pela chefe do Ocha em pronunciamento no Conselho de Segurança; Valerie Amos afirmou que 10,8 milhões de pessoas precisam de assistência na Síria.

Edgard Júnior, da Rádio ONU em Nova York.

A subsecretária-geral da ONU para Assuntos Humanitários, Valerie Amos, alertou que as agências estão enfrentando obstáculos para chegar até a população da Síria.

Há quatro meses, o Conselho de Segurança adotou a resolução 2139 que determinava livre acesso às pessoas que necessitam de ajuda. O documento exigiu que os dois lados do conflito sírio suspendessem os ataques contra civis e permitissem a entrada de assistência humanitária.

Violência

Em pronunciamento aos integrantes do órgão, esta quinta-feira, Amos disse que desde a adoção da resolução, o número de pessoas que necessitam de ajuda subiu de 9,6 milhões para 10,8 milhões.

Segundo ela, desse total, quase metade está em áreas de difícil acesso por causa da violência.

Amos declarou que milhares de pessoas continuam morrendo todos os meses. A chefe do Escritório de Ajuda Humanitária afirmou que “na ausência de uma solução política para a crise, os trabalhadores vão continuar fazendo o que podem”.

Oposição

Ela disse que enquanto as agências da ONU e parceiros continuam os esforços para atender às necessidades humanitárias, a insegurança e os conflitos armados representam um fator crucial que impede que a ajuda chegue às áreas mais vulneráveis.

Amos explicou que os obstáculos não são impostos somente pelos governos mas também pelas forças de oposição.

Ela deu como exemplo a Síria, onde, atualmente, 241 mil pessoas vivem sitiadas sem condições de deixar suas comunidades por causa da violência.