Total de sírios vivendo na Jordânia sobe para 600 mil

Agência da ONU para Refugiados inaugurou recentemente mais um acampamento para receber as famílias da Síria; civis dependem de subsídios e de serviços sociais do governo da Jordânia.

Leda Letra, da Rádio ONU em Nova York.

A Jordânia já recebeu 600 mil civis da Síria, que fogem da violência e da insegurança causadas por mais de três anos de guerra civil. Segundo o Alto Comissariado da ONU para Refugiados, Acnur, apenas 20% dessas pessoas estão vivendo em acampamentos.

O Acnur destaca que a situação na Jordânia é única, já que 480 mil refugiados sírios encontraram abrigo nas comunidades do país e dependem de subsídios básicos do governo e de serviços sociais.

Orçamento

A agência da ONU agradece à Jordânia e a outras nações vizinhas da Síria que abrem suas fronteiras à população do país em conflito, mas lembra que ao receber milhares de pessoas, o orçamento dessas nações sofre, sem contar os reflexos na infraestrutura, serviços de saúde e de educação.

Para tentar aliviar esse peso, o Acnur inaugurou na semana passada mais um campo para refugiados sírios na Jordânia. Já são mais de mil pessoas vivendo em Azraq, numa zona de deserto a 100 km da capital Amã.

Cotidiano

Pelos cálculos da agência, entre 400 e 600 sírios cruzam as fronteiras com a Jordânia a cada dia. O novo acampamento é administrado pelo governo do país, com apoio do Acnur e tem capacidade para 130 mil pessoas.

Os refugiados enfrentam algumas dificuldades no campo, incluindo falta de eletricidade nas tendas e o clima característico de deserto, com muito calor durante o dia e frio pela noite.

Mas segundo o Acnur, existe no local um grande supermercado com carnes, cereais e vegetais. Cada residente recebe US$ 33 por mês para compras básicas.