Resolução contra armas de destruição em massa completa 10 anos BR

No Conselho de Segurança, vice-secretário-geral destaca avanços, mas lembra uso recente de armas químicas na Síria; América Latina foi primeira região do mundo a proibir armas nucleares, em 1967.
Leda Letra, da Rádio ONU em Nova York.
Um encontro no Conselho de Segurança esta quarta-feira marca os 10 anos da resolução 1540, medida adotada contra a proliferação das armas de destruição em massa.
Na sessão especial, o vice-secretário-geral da ONU lembrou que a resolução foi importante para impedir o aumento de armas nucleares, químicas e biológicas.
Síria
Segundo Jan Eliasson, os países adotaram na última década mais de 30 mil medidas relacionadas à resolução.
Mas Jan Eliasson lembrou que também houve decepções, como o uso recente de armas químicas na Síria. O vice-chefe da ONU elogiou, no entanto, a ação diplomática responsável pela remoção de mais de 90% do arsenal do país árabe.
Eliasson pediu aos 20 países que ainda não submeteram ao Conselho um relatório sobre os esforços para implementar a resolução 1540, que enviem o documento neste ano de aniversário.
Terrorismo
Segundo ele, a implementação da resolução em todos os países é crítica, porque “terroristas e traficantes costumam atacar nações onde o controle de fronteiras, importações, exportações, portos e aeroportos é fraco”.
Eliasson citou ainda uma visão “ambiciosa”, a de um mundo livre de todas as armas de destruição em massa. A América Latina e o Caribe foi a primeira região do mundo estabelecida como zona livre de armas nucleares, após a adoção do Tratado de Tlatelolco, em 1967.
Brasil
No encontro no Conselho de Segurança, o embaixador do Brasil na ONU, Antonio Patriota, lembrou que em 2015, serão completados 70 anos dos ataques nucleares em Hiroshima e Nagasaki, durante a 2ª Guerra Mundial.
Patriota também destacou que o “Brasil acredita que a mera existência de armas de destruição em massa constitui uma ameaça à humanidade, à paz e à segurança internacional”.
Na terça-feira, foi assinado nas Nações Unidas um protocolo que torna a Ásia Central uma zona livre de armas nucleares, região formada pelo Casaquistão, Quirguistão, Tajiquistão, Turcomenistão e Usbequistão.