Em Ruanda, Ban participa de cerimônias para marcar 20 anos do genocídio

Secretário-geral diz que comunidade internacional deve aprender a lição de tais atrocidades e traduzir a expressão “nunca mais” em ação; vários chefes de Estado e governo foram convidados para os eventos na capital Kigali.

Mônica Villela Grayley, da Rádio ONU em Nova York.

Os 20 anos do Genocídio de Ruanda estão sendo lembrados nesta segunda-feira, 7 de abril.

Em visita oficial ao país, o secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, disse que o mundo tem que aprender com tais atrocidades e impedir que elas voltem a ocorrer.

Coragem

Neste discurso, na capital ruandesa, Kigali, Ban homenagou a coragem dos sobreviventes.

O chefe da ONU destacou a determinação dos ruandeses de continuarem com a vida e de reconstruírem o país. Ele lembrou ainda que visitou o Memorial do Genocídio de Ruanda, em Kigali, em maio passado, e que pôde ver o progresso do país nos últimos 20 anos.

Durante o genocídio, pelo menos 800 mil tutsis e hutus moderados foram mortos num período de três meses. O genocídio ocorreu após a morte do presidente Juvenal Habyarimana.

Comunidade Internacional

Ban Ki-moon falou a jornalistas em Kigali ao lado do presidente ruandês, Paul Kagame. Ele lembrou ainda do Massacre de Srebrenica em 1995. Para o chefe da ONU, os dois episódios foram “falhas emblemáticas” da comunidade internacional.

Ele encerrou a mensagem dizendo que os líderes internacionais têm que fazer mais para prevenir esses crimes e para combater o que ele chamou de “crueldade”.

A série de eventos para lembrar as vítimas do Genocídio de Ruanda foi batizada de “Kwibuka 20”, a palavra significa lembrar.

O Tribunal Penal Internacional (TPI) para Ruanda lançou uma página na internet para lembrar o genocídio.  A página "TPI para Ruanda Lembra - 20 anos do Genocídio de Ruanda", disponível em inglês e francês, pode ser acessada aqui.