Criado centro para evitar perda de 30 mil hectares de floresta na Etiópia
Banco Mundial apoia iniciativa que pretende minimizar custos globais das adaptações climáticas; país precisa de até US$ 5,8 mil milhões por ano para mitigar efeitos das alterações.
Eleutério Guevane, Rádio ONU em Nova Iorque.
A Etiópia inaugurou um centro para promover a resiliência climática que deve tentar mitigar em quase um 1 milhão de toneladas as emissões de CO2. Com a iniciativa, apoiada pelo Banco Mundial, pretende-se evitar a perda de 31 mil hectares de floresta.
O Centro de Inovação Climática da Etiópia, em Adis Abeba, deve apoiar o início das atividades de empresas que envolvem tecnologias limpas. Os outros objetivos são ajudar a criar empregos e melhorar os meios de subsistência.
Postos de Trabalho
Espera-se que a primeira iniciativa do género no país possa ajudar mais de 3,1 milhões de etíopes a aumentar a resiliência às alterações climáticas. Por outro lado, prevê-se que sejam criados mais de 12 mil postos de trabalho nos próximos dez anos.
A agricultura etíope é considerada altamente sensível à variação das chuvas. A área, base da economia do país, é responsável por cerca de 46% do Produto Interno Bruto e oito em cada 10 postos de trabalho da população ativa.
Adaptação
O Banco Mundial calcula que os custos globais das adaptações climáticas para a Etiópia estejam entre US$ 1,2 mil milhões a US$ 5,8 mil milhões anuais.
Para reduzir custos e criar oportunidades de adaptação ao clima, o centro pretende ajudar no financiamento, na orientação e nos serviços de consultoria a empresários locais ligados à tecnologia limpa.
As áreas abrangidas incluem o agronegócio, a eficiência energética, as energias renováveis e os biocombustíveis.