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Ban diz que tuberculose é a segunda maior causa de mortes no mundo

Secretário-Geral afirmou que doença só perde em número de fatalidades para o HIV/Aids; segundo dados da OMS, a tuberculose mata 1,3 milhão de pessoas todos os anos e 9 milhões ficam doentes.

Edgard Júnior, da Rádio ONU em Nova York.

O Secretário-Geral da ONU, Ban Ki-moon, alertou que a tuberculose é a segunda doença que mais mata em todo o mundo, ficando atrás apenas do HIV/Aids.

A declaração foi feita para marcar o Dia Mundial da Tuberculose, esta segunda-feira, 24 de março.

Tragédia

Segundo a Organização Mundial da Saúde, OMS, 1,3 milhão de mortes por tuberculose são registradas anualmente e quase 9 milhões de pessoas contraem a doença durante o mesmo período.

Ban afirmou que a tragédia é maior porque a tuberculose é uma doença curável e um terço dos doentes, 3 milhões de pessoas, não recebe nenhum tipo de tratamento. E esse é exatamente o tema da campanha deste ano: “Alcançar os 3 milhões”.

O chefe da ONU afirmou que ao se tratar os pacientes que não recebem cuidados médicos promove-se um futuro melhor para toda a humanidade.

Maioria Pobre

Ele explicou que a maioria dos doentes é pobre, muitos de classes marginalizadas pelas sociedades, como trabalhadores migrantes, refugiados e deslocados internos.

Ainda na lista estão prisioneiros, povos indígenas e minorias étnicas.

Ban citou que os avanços conquistados nos últimos anos provam que a comunidade internacional pode atacar essa ameaça com esforços concentrados.

Ele explicou que entre 1995 e 2012 intervenções globais de saúde conseguiram salvar 22 milhões de vidas e tratar 56 milhões que contraíram a doença.

Resultados

Para acelerar os resultados, Ban disse que todos os países devem aumentar o acesso aos serviços de saúde e mobilizar comunidades e hospitais para que alcancem um número maior de pessoas rapidamente.

Ele deixou claro que os países devem investir mais em pesquisas para criar novos equipamentos de diagnóstico, remédios e vacinas.

O Secretário-Geral afirmou que é uma questão de justiça social que todos os doentes tenham acesso a serviços para um rápido diagnóstico, tratamento e cura da tuberculose.

Segundo ele, essa é uma questão também de segurança de saúde global, principalmente em relação ao aumento dos casos de pacientes que sofrem do tipo mais grave da doença, que é resistente aos medicamentos.