ONU: Síria tem a maior crise humanitária do mundo, 3 anos após guerra

Em nota, Secretário-Geral diz que “resposta brutal” a protestos pacíficos por liberdade levou a derramamento de sangue e horrores da guerra; Ban Ki-moon voltou a pedir revitalização das conversações de paz.

Eleutério Guevane, da Rádio ONU em Nova York.*

As Nações Unidas emitiram uma nota, nesta quarta-feira, sobre os três anos do conflito na Síria. Segundo o chefe da organização, Ban Ki-moon, o que começou com “protestos pacíficos” por liberdades universais se transformou na maior crise humanitária do mundo.

O Secretário-Geral condenou o que chamou de “resposta brutal” aos protestos de rua iniciados em março de 2011. Ele lembrou ainda do derramamento de sangue e dos horrores causados pelos confrontos entre tropas do governo e forças da oposição.

Armas

Ban voltou a pedir medidas claras para revitalizar as conversações de paz de Genebra.

Ainda, segundo a nota, o conflito sírio também registrou o “pior uso de armas de destruição em massa no século 21.” Ban disse que todos devem refletir sobre as consequências diárias da guerra na Síria.

Ele lembrou que centenas de pessoas estão morrendo todos os dias.

Ajuda Humanitária

Em nota, o chefe da ONU ressaltou ainda a impunidade para graves crimes cometidos durante o conflito e a prisão arbitrária de milhares de pessoas que estão enclausuradas sem o devido processo jurídico.

Ban disse que a comunidade internacional não deve perder o foco com relação à Síria. Para ele, o conflito pode se alastrar.

Ele encerrou a nota elogiando os esforços para melhorar o acesso de ajuda humanitária a quem precisa, e afirmou que só uma solução política poderá acabar com o que chamou de “pesadelo do povo sírio.”

*Apresentação: Mônica Villela Grayley.