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Angola e São Tomé e Príncipe cumprem objetivos combate à fome

Angola e São Tomé e Príncipe cumprem objetivos combate à fome

FAO considera prova de que nações africanas seguem rumo certa; Adis Abeba acolheu compromisso de líderes do continente no sentido de acabar com o problema até 2025.

Eleutério Guevane, da Rádio ONU em Nova Iorque.

Angola e São Tomé e Príncipe são os únicos lusófonos entre as 11 nações africanas que reduziram pela metade a proporção de pessoas com fome entre 1990 e 2015.

O diretor-geral da Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação, FAO, disse tratar-se de uma prova clara de que os países do continente estão a mover-se na direção certa.

Compromisso

Falando na capital etíope, Adis Abeba, José Graziano da Silva destacou São Tomé e Príncipe por ter reduzido pela metade o total de pessoas que passam fome definido na Cimeira Mundial sobre Alimentação de 1996. A meta foi alcançada juntamente com o Djibuti e o Gana.

As outras nações que atingiram o primeiro Objetivo de Desenvolvimento do Milénio que prevê reduzir a fome pela metade foram Argélia, Benim, Camarões, Djibuti, Gana, Malaui, Níger, Nigéria e Togo.

O chefe da FAO saudou o compromisso feito pelos líderes africanos para acabar com o problema no continente em 2025, tendo prometido o apoio da ONU para realizar a visão.

Causas

José Graziano da Silva falava após a adoção oficial dos objetivos na cimeira dos líderes dos Estados-membros da União Africana.

Para o representante, o desafio agora é transformar em realidade a visão da segurança alimentar em África com a abordagem das múltiplas causas da fome.

Acesso

Como propostas, avançou o investimento na agricultura, na criação de redes de segurança e na proteção social para os pobres. O objetivo é garantir o direito de acesso aos recursos de terra e água aos pequenos agricultores e aos jovens.

O alvo definido pelos líderes do continente, para 2025, vai de encontro com o Desafio Fome Zero lançado há quase dois anos pelo Secretário-Geral Ban Ki –moon, destaca a ONU.