FAO destaca potencial africano à beira do lançamento do Ano Agrícola
Lançamento da celebração junta líderes africanos até sexta-feira, em Adis Abeba; diretor-geral da agência aborda necessidade de conexão entre o desenvolvimento agrícola e rural com o das mulheres e jovens.
Eleutério Guevane, da Rádio ONU em Nova Iorque.
Mais de um em cada cinco africanos ainda tem negado o direito à alimentação, afirmou o diretor-geral da Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação, FAO.
José Graziano da Silva falava na capital etíope, Adis Abeba, onde participa na Cimeira da União Africana que decorre nesta quinta e sexta-feiras. No evento, chefes de Estado e de governo do continente lançam o Ano da Agricultura e Segurança Alimentar em África.
Poder de Mudança
O chefe da FAO chamou a atenção ao facto de grande parte das 10 economias que mais crescem no mundo estarem em África, ao ressaltar que a região tem o poder para mudar a situação.
Para o representante, o desafio para o continente é fazer com que o crescimento económico seja mais inclusivo com vista ao desenvolvimento agrícola e rural, assim como das mulheres e dos jovens.
Liderança
Cerca de 75% dos africanos têm até 25 anos. A FAO prevê que durante os próximos 35 anos, grande parte da população esteja a viver em meio rural com as mulheres a liderar vários lares.
O chefe da agência da ONU disse ainda que a agricultura deve tornar-se o motor do crescimento que o continente precisa para erradicar a fome e aumentar a produção alimentar sustentável.
Economia
O apelo de Graziano da Silva a África é que intensifique os seus esforços, ao salientar que a agricultura é o único setor da economia capaz de absorver a mão-de-obra das mulheres e dos jovens
O Ano Africano da Agricultura e Segurança Alimentar é observado paralelamente ao Ano Internacional da Agricultura Familiar das Nações Unidas, também comemorado em 2014.