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Após seca, FAO anuncia ajuda para agricultores em Cabo Verde

Foto: FAO/Alessandra Benedetti

Após seca, FAO anuncia ajuda para agricultores em Cabo Verde

Agência informou que doará sementes, rações para animais e equipamento de irrigação para socorrer milhares de pessoas na nação africana de língua portuguesa, em África Ocidental.

Mônica Villela Grayley, da Rádio ONU em Nova Iorque.*

A Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação, FAO, anunciou o envio de uma série de equipamentos e recursos para o setor agrícola de Cabo Verde que está a ser afetado por uma seca.

Devido à fraca estação de chuvas, a produção de cereais do país sofreu forte declínio em 2014. A agência da ONU informou que fornecerá sementes, ração animal e equipamentos de irrigação a milhares de agricultores no país africano.

Acordo

Um acordo de US$ 500 mil para assistência urgente foi firmado pelo primeiro-ministro José Maria Neves e o diretor-geral da FAO, José Graziano da Silva durante um encontro em Roma, na Itália, sede da agência.

O chefe do Governo cabo-verdiano afirmou que a soma não ajudará apenas a lidar com os desafios da seca, mas também a criar as condições para um desenvolvimento sustentado em Cabo Verde.

A medida de emergência pretende auxiliar 8.237 lares em áreas rurais que foram os mais atingidos pelo impacto da estiagem. No ano passado, Cabo Verde registou 65 por cento a menos de precipitações se comparado ao mesmo período do ano anterior.

Colheitas

Desta forma, 30 mil pessoas passaram a precisar de auxílio urgente, muitos dos lares mais frágeis perderam grande parte ou até tudo de suas colheitas de cereais em oito das ilhas mais afetadas do país.

Com o programa da FAO, 7.015 famílias receberão um kit contendo 17 quilos de milho e feijões. Além disso, 554 lares terão apoio em atividades de irrigação e receberão sementes de tomates, repolho e cebola para os esforços de emergência.

A agência da ONU lembra que Cabo Verde é um país altamente dependente da importação de cereais, especialmente arroz e trigo, que não crescem no arquipélago. Cerca de 80% do que é consumido de cereais são importados.

*Apresentação: Denise Costa.

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