Ban pede transição inclusiva em mensagem sobre referendo no Egito
Milhares de cidadãos dão parecer sobre documento que prevê novas eleições; agências noticiosas falam de mortos devido a confrontos entre defensores e opositores do antigo presidente Mohammed Mursi.
Eleutério Guevane, da Rádio ONU em Nova Iorque.*
O Secretário-Geral lançou um apelo a todos os egípcios para que garantam que a próxima fase da transição seja conduzida de maneira inclusiva, pacífica e transparente.
Em nota divulgada nesta terça-feira, Ban Ki-moon pede que as diferenças sejam expressadas sem violência. O processo de referendo de Constituição, que prevê a realização de novas eleições no país, terá a duração de dois dias.
Confrontos
O Secretário-Geral disse que está a seguir de perto o processo, tendo salientado a importância do respeito à liberdade de reunião e de expressão, bem como o compromisso com a não-violência.
Ban Ki-moon reafirma o apoio das Nações Unidas a um “processo de transição liderado pelos egípcios, que vá de encontro com os princípios democráticos e defenda os direitos humanos dos cidadãos”.
Segurança
De acordo com agências de notícias, o primeiro dia do referendo foi marcado por várias mortes em confrontos entre defensores e opositores do presidente Mohammed Mursi, deposto em junho.
Os relatos afirmam que a votação decorre perante uma operação de segurança com mais de 160 mil soldados e 200 mil polícias em todo o país.
*Apresentação: Denise Costa.