Mais de 150 mil etíopes foram repatriados da Arábia Saudita, diz OIM
Cerca de 60 crianças desacompanhadas estão à espera do reencontro com as famílias; repressão contra ilegais provocou pelo menos cinco mortos na capital saudita, em novembro.
Eleutério Guevane, da Rádio ONU em Nova Iorque.*
Pelo menos 151 mil etíopes retornaram ao seu país, dois meses após o início da repressão contra migrantes irregulares na Arábia Saudita.
A informação foi dada, esta sexta-feira, pela Organização Internacional para Migrações, OIM.
Mulheres e Crianças
O porta-voz da agência, Chris Lom, disse que as estimativas iniciais apontavam para o regresso de cerca de 30 mil pessoas. O representante disse que a operação para repatriar migrantes ilegais prossegue. Mais de um terço do grupo é composto por mulheres e crianças.
Em novembro, a repressão contra os ilegais levou a confrontos na capital saudita Riade, onde morreram pelo menos cinco pessoas.
Taxa de Desemprego
Agências noticiosas apontam para a existência de pelo menos nove milhões de trabalhadores migrantes no reino, no que teria levado as autoridades sauditas a tomar medidas para tentar reduzir a taxa de desemprego para os nacionais.
A OIM diz que garante assistência médica de emergência, alimentar, itens essenciais para os mais necessitados além de subsídios de reintegração para apoiar o regresso dos etíopes às zonas de origem.
Reencontro
A agência lida também com menores desacompanhados. Conforme referiu, 339 juntaram-se às suas famílias e outros 60 ainda aguardam o o reencontro familiar.
A operação foi efetuada em parceria com o Fundo da ONU para a Infância, Unicef, e com as autoridades etíopes.
No aeroporto de Adis Abeba e nos centros de trânsito é oferecida assistência médica, após a chegada dos migrantes. Os serviços incluem primeiros socorros a nível psicológico, tratamento e encaminhamento dos regressados.
*Apresentação: Denise Costa.