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Onusida tem como prioridade acabar com discriminação em 2014

Onusida tem como prioridade acabar com discriminação em 2014

Campanha Discriminação Zero contra pessoas que vivem com HIV pede uma mudança global na forma como os doentes são tratados; símbolo da iniciativa é uma borboleta para representar transformação.

Edgard Júnior, da Rádio ONU em Nova Iorque.*

O Programa Conjunto das Nações Unidas sobre o HIV/Sida, Onusida, tem como uma das suas prioridades para 2014 acabar com a discriminação contra pessoas que convivem com o vírus.

A campanha do Dia da Discriminação Zero, que será celebrada em 1º de março, conta com a participação da Prémio Nobel da Paz, Aung San Suu Kyi do Mianmar.

Transformação

O Onusida diz que pretende alcançar uma transformação global no tratamento aos doentes. A discriminação, segundo a agência da ONU, pode afetar as pessoas de várias formas.

Em relação ao local de trabalho, o Programa da ONU diz que a discriminação representa um grande obstáculo à expansão dos serviços de acesso aos tratamentos de HIV.

Dados oficiais sobre a doença mostram que uma em cada sete pessoas a conviver com o vírus tem acesso negado aos serviços de saúde e mais de 10% não conseguem emprego porque são seropositivos.

Diferença

No lançamento da campanha, a Prémio Nobel disse “acreditar num mundo em que todos podem desabrochar.” Ela afirmou que “todos podem fazer a diferença ao permitir que as pessoas levem uma vida digna independente de quem sejam.”

O chefe do Onusida, Michel Sidibé, afirmou que será impossível atingir zero novas infecções e zero mortes relacionadas à sida sem o fim da discriminação.

Segundo o Onusida, o número de pessoas com HIV em 2012 atingiu 35,3 milhões. Do total, 2,3 milhões correspondem a novas infecções e 1,6 milhão de pessoas morreram de complicações ligadas à sida.

*Apresentação: Eleutério Guevane.