Perspectiva Global Reportagens Humanas

Prêmio Nobel da Paz quer fim de estigma sobre HIV/Aids em Mianmar BR

Prêmio Nobel da Paz quer fim de estigma sobre HIV/Aids em Mianmar

Aung San Suu Kyi é advogada para Zero Discriminação do Programa Conjunto da ONU sobre HIV/Aids, Unaids; evento ocorreu em Yangon; metade dos soropositivos não tem acesso a antiretrovirais no país asiático.

Mônica Villela Grayley, da Rádio ONU em Nova York.

A deputada birmanesa e Prêmio Nobel da Paz Aung San Suu Kyi participou de um evento para pedir o fim da discriminação para pessoas que vivem com HIV, em Mianmar.

Suu Kyi é advogada global para Discriminação Zero do Programa Conjunto da ONU sobre HIV/Aids, Unaids.

Doenças Relacionadas

A cerimônia, que ocorreu no domingo, reuniu mais de 200 pessoas que vivem com o vírus na Vigília à Luz de Velas na cidade de Yangoon.

O evento faz parte de uma série de reuniões realizadas este mês, em todo o mundo, em memória das pessoas que morreram de doenças relacionadas à aids.

Aung San Suu Kyi disse que é preciso promover o respeito aos soropositivos. Segundo ela, com verdadeira compaixão é possível se alcançar resultados para todos independentemente de status, raça, religião ou fronteiras nacionais.

Tratamento

Vários representantes de redes de soropositivos compareceram ao evento em Mianmar incluindo grupos afetados como usuários de drogas injetáveis, mulheres, crianças e homens que têm sexo com outros homens.

Todos pediram mais apoio e o fortalecimento de organizações que trabalham com quem vive com o HIV.

Eles querem ainda que o governo promova oportunidades de trabalho para quem recebe tratamento e vive de forma saudável.

Metade

Segundo o Unaids, Mianmar tinha, em 2012, cerca de 225 mil pessoas vivendo com o HIV. Mais de 15 mil morreram de doenças relacionadas à aids no país asiático. Mas o acesso universal ainda é um desafio.

De acordo com a agência, mais da metade dos soropositivos no país não têm acesso aos antiretrovirais.

A esperança do escritório do Unaids em Mianmar é que o número de soropositivos atendidos no país dobre até 2015.