ONU elogiou decisão de Mianmar de perdoar prisioneiros políticos
Alto Comissariado para os Direitos Humanos afirmou que este é um passo importante no processo de reforma; órgão lamenta que perdão presidencial não incluiu funcionários de ONGs internacionais.
Edgard Júnior, da Rádio ONU em Nova York.
O Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos elogiou o perdão presidencial concedido pelo governo de Mianmar a vários prisioneiros políticos.
Segundo o Alto Comissariado, o presidente Thein Sein perdoou os condenados que cometeram crimes estabelecidos em sete leis específicas, que incluem associação ilegal, reunião pacífica e traição.
Passo Importante
A ONU afirmou que esse é um passo importante no processo de reforma iniciado ano passado e mostra um progresso significativo alcançado para resolver o problema dos prisioneiros políticos em Mianmar.
O Alto Comissariado disse que está pronto para trabalhar com o governo e outros envolvidos no processo para reformar as leis e garantir que não haverá mais nenhum caso de pessoas detidas por motivos políticos.
Ao mesmo tempo, a ONU lamenta que o perdão presidencial não tenha incluído três trabalhadores de ONGs internacionais, detidos na prisão de Buthidaung, desde junho de 2012. A medida também deixou de fora dois defensores dos direitos humanos presos no Estado de Rakhine.
Tun Aung e U Kyaw Hla Aung foram detidos em junho de 2012 e julho de 2013, respectivamente.
O Alto Comissariado pediu que as autoridades libertem esses prisioneiros e que mantenham em andamento os trabalhos da Comissão de Revisão dos Detidos para resolver os casos pendentes.