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“O mundo assiste. Serão responsabilizados”, diz Ban a centro-africanos

“O mundo assiste. Serão responsabilizados”, diz Ban a centro-africanos

Mensagem de advertência a autores de atrocidades vem na mensagem gravada para o povo; líderes religiosos instados a agir como mensageiros de paz devido à violência entre cristãos e muçulmanos.

Eleutério Guevane, da Rádio ONU em Nova Iorque.

Uma mensagem do Secretário-Geral da ONU ao povo da República Centro-Africana aborda a violência entre comunidades de cristãos e de muçulmanos. O pronunciamento de Ban Ki-moon, divulgado esta sexta-feira, tem uma advertência aos autores de atrocidades.

O chefe da ONU diz que a mensagem clara aos que cometem atrocidades e crimes contra a humanidade é que o mundo assiste e que estes serão responsabilizados pelos atos.

Confrontos

Conforme referiu, a organização está empenhada em ajudar o país a recuperar da crise. Agências humanitárias apontam para cerca de 600 mortos e 159 mil deslocados devido aos confrontos da última semana.

Aos centro-africanos o apelo é que não se permita que o que considera “vozes de ódio” possam semear a divisão que não existia anteriormente.

Ele destaca que seja qual for a fé ou contexto, estes partilham a mesma história e o mesmo futuro.

Mensageiros para  Paz

Aos líderes religiosos e comunitários, tanto muçulmanos como cristãos, Ban pediu que possam agir como mensageiros para a paz. As autoridades de transição foram instadas a proteger as pessoas e evitar mais conflitos. 

Ban fez alusão à presença francesa no país, e disse que os militares estão fazer a diferença. Como destacou, em breve devem seguir mais forças para ajudar a restaurar a ordem.”

A mensagem sublinha que a organização trabalha para fornecer alimentos, abrigo e remédios. O chefe da ONU promete apoio a todos os centro-africanos na construção de uma paz duradoura e um futuro melhor.

À Beira da Ruína

Ban revelou estar profundamente perturbado com os acontecimentos, tendo mencionado que várias pessoas estão com medo e o país está à beira da ruína.

O apelo é que todos sigam o caminho da paz e que cesse o derramamento de sangue.