ONU: desafios continuam nas Filipinas depois da passagem do tufão Haiyan
Agências da ONU trabalham para fornecer serviços médicos, comida e abrigo; tempestade matou mais de 5,7 mil pessoas e afetou mais de 11 milhões no país.
Edgard Júnior, da Rádio ONU em Nova York.
A ONU alertou que os desafios continuam nas Filipinas quase um mês depois da passagem do tufão Haiyan.
A tempestade, que atingiu o país em 8 de novembro, deixou mais de 5,7 mil mortos e atingiu mais de 11 milhões em todo o país.
Prioridades
A Organização Mundial da Saúde disse que as prioridades nesse momento são expandir os serviços de saúde, reabrir as clínicas e hospitais danificados pelo tufão e prevenir o surgimento de novas doenças.
A agência quer também aumentar os serviços de atendimento na área de saúde mental. Os esforços de assistência estão mudando de emergência para programas de recuperação da área e das pessoas atingidas pelo Haiyan.
Desde o início das operações, a OMS tem trabalhado de perto com o governo filipino para coordenar a ajuda aos sobreviventes.
A agência da ONU alerta que os riscos de infecções continuam altos, principalmente em áreas muito povoadas e sem condições sanitárias adequadas, onde milhares de desabrigados estão alojados.
Doenças
As autoridades estão preocupadas com o surgimento de doenças como sarampo, febre tifoide e dengue. Os médicos dizem que os principais problemas de saúde no país agora são infecções respiratórias, febre, diarreia, pressão alta e doenças da pele.
Ao mesmo tempo, o Programa Mundial de Alimentos, PMA, diz que foram entregues mais de 4 toneladas de arroz e quase 200 toneladas de biscoitos energéticos para 3 milhões de pessoas.
A Organização Internacional para Migrações, OIM, intensificou os trabalhos para fornecer abrigos e tendas para milhões de pessoas que perderam tudo na região central das Filipinas.
Segundo a OIM, mais de 1 milhão de residências foram danificadas ou destruídas pelo tufão Haiyan, deixando aproximadamente 4 milhões de desabrigados.