Em Dia Internacional, ONU elogia ações para combater escravidão
Secretário-Geral realça trabalho contínuo da sociedade civil; em todo o mundo, estima-se que haja 21 milhões de pessoas em sistemas modernos de escravidão.
Eleutério Guevane, da Rádio ONU em Nova Iorque.*
O reconhecimento do trabalho continuo da sociedade civil por dar assistência às vítimas da escravidão é destacado pelas Nações Unidas neste 2 de dezembro, o Dia Internacional da Abolição.
Em mensagem, o Secretário-Geral fala de um progresso importante em 2012, com medidas de vários países para combater formas de escravidão moderna através de leis nacionais mais fortes e de uma maior coordenação.
Formas Contemporâneas
Ban Ki-moon falou de mais empresas a operar para garantir que as suas atividades não causem ou contribuam para as formas contemporâneas de escravidão no trabalho e nas suas cadeias de abastecimento.
A Organização Internacional do Trabalho, OIT, estima que 21 milhões de mulheres, homens e crianças sejam mantidos em escravidão em todo o mundo.
Ban destacou a ação do Fundo Voluntário das Nações Unidas sobre Formas Contemporâneas de Escravidão. Há mais de 20 anos, a iniciativa presta auxílio à restauração dos direitos humanos e da dignidade de vítimas.
Violação
O presidente da Assembleia Geral, John Ashe, disse que a escravidão moderna é uma violação flagrante dos direitos humanos básicos de uma pessoa.
Conforme referiu, a escravidão foi e continua a ser provavelmente a maior tragédia humana da história. Ashe defende que mesmo abolida, a prática deixa cicatrizes emocionais para a vida.
Os Estados-membros foram instados a erradicar a escravidão em todas as suas formas, além de impulsionar iniciativas que promovam a inclusão social e para o fim de todas as formas de discriminação.
A celebração da data marca a aprovação, pela Assembleia Geral, da Convenção das Nações Unidas para a Supressão do Tráfico de Pessoas e da Exploração da Prostituição de Outrem, em 1949.
*Apresentação: Denise Costa.