Perspectiva Global Reportagens Humanas

Missão da ONU-Opaq já inspecionou 18 instalações químicas da Síria BR

Missão da ONU-Opaq já inspecionou 18 instalações químicas da Síria

Equipamentos para fabricação de armas foram destruídos em quase todos os locais; número de especialistas será reduzido de 28 para 15 na semana que vem quando começar processo de rotatividade.

Edgard Júnior, da Rádio ONU em Nova York.

A Missão de especialistas em armas químicas da ONU-Opaq já inspecionou 18 das 23 instalações que fabricavam o material na Síria.

O porta-voz da Organização para a Proibição de Armas Químicas, Michael Luhan, afirmou esta quarta-feira, que a destruição dos equipamentos usados para a fabricação dos armamentos ocorreu em quase todos esses locais.

Redução

Atualmente, a equipe conta com 28 especialistas divididos entre a Síria e o Líbano. Luhan disse que na próxima semana, com o início do processo de rotatividade, o número de técnicos deve cair para 15.

Ele explicou que a Missão está chegando ao fim da primeira etapa das investigações, que tem um período de 30 dias. Segundo Luhan, a redução é temporária apenas para a troca de pessoal e voltará a aumentar no futuro.

O porta-voz disse que a Síria precisa completar agora o processo de destruição de todos os equipamentos e máquinas utilizados na produção do arsenal e para misturar o material químico.

Confiança

Luhan disse aos jornalistas que está confiante em alcançar o objetivo de destruir todas as instalações e armamentos químicos da Síria até 1º de novembro.

Ao final desse prazo, o porta-voz deixou claro que o país não terá mais condições de produzir qualquer arma química ou utilizar equipamentos para fabricar o material.

O processo de destruição, segundo o porta-voz, é simples, rápido e de baixo custo. Envolve, por exemplo, amassar e cortar o metal dos foguetes ou bombas preparados para receber os agentes químicos.

Ele comentou ainda sobre as dificuldades para visitar uma das instalações sírias. Luhan esclareceu que uma das visitas foi cancelada, na semana passada, porque o grupo não tinha a segurança necessária.