Síria: começam esforços multinacionais para remover armas químicas
Anúncio foi feito pela Organização para Proibição de Armas Químicas, Opaq; agência diz que precisará de mais recursos para operação que procura empresas para ajudar no transporte e na destruição do armamento.
Mônica Villela Grayley, da Rádio ONU em Nova York.*
Começa nesta quinta-feira uma ação internacional coordenada para remover armas químicas da Síria. O processo consiste da busca de empresas que façam o transporte do armamento para a eliminação do arsenal.
A informação foi divulgada pelo chefe da Organização para Proibição de Armas Químicas, Opaq. Ahmet Üzümcü disse ainda que esta nova fase irá precisar de mais financiamento.
Embarcações
O plano foi apresentado na quarta-feira ao Conselho Executivo da organização. Os agente químicos terão de ser levados da cidade portuária de Latakia, na Síria, em embarcações providenciadas por países membros.
A partir daí, a carga será transferida a um navio dos Estados Unidos e destruída em alto mar.
Pelo plano, a data limite para a eliminação das armas químicas seria 31 de março de 2014. Outros agentes químicos esperariam até 30 de junho. Os prazos foram acordados com o Conselho de Segurança da ONU e os diretores da Opaq.
Temperatura
Üzümcü disse que apesar dos empecilhos, a missão está avançando e o plano continua em vigor. Ele lembrou, no entanto, que as datas iniciais tiveram que ser mudadas por causa de uma série de fatores de segurança, autorizações e o tráfego internacional.
O chefe da Opaq citou ainda condições severas de temperatura que afetam o transporte do armamento.
Um outro problema é a continuação de combates em Qalamoun e áreas adjacentes além do fechamento da principal via de acesso entre a capital Damasco e a cidade de Homs.
Rússia, China e Finlândia
O governo sírio é responsável por embalar e transportar, de forma segura, os agentes químicos de 12 estoques ao porto de Latakia.
Além dos Estados Unidos, a Rússia se comprometeu em providenciar caminhões blindados, tanques de água e outros aspectos de logística para efetuar a operação.
Já o governo da China irá contribuir com 10 ambulâncias e câmeras de segurança. Outros países como Finlândia, Dinamarca e Noruega estão ajudando com navios escoltas para o transporte marítimo.
*Apresentação: Edgard Júnior.