Timor-Leste diz que Cplp precisa ser repensada
País asiático, de língua portuguesa, irá assumir a presidência rotativa da organização em julho do próximo ano; para chanceler timorense, José Luís Guterres, entidade precisa ser mais divulgada nos países lusófonos.
Mônica Villela Grayley, da Rádio ONU em Nova York.
A Comunidade dos Países de Língua Portuguesa tem que ser repensada. A declaração foi dada à Rádio ONU pelo ministro dos Negócios Estrangeiros e da Cooperação do Timor-Leste, José Luís Guterres.
Timor-Leste deve assumir a presidência rotativa da Cplp em julho de 2014 substituindo Moçambique no posto.
Plataforma
De acordo com o chanceler timorense, a comunidade precisa ser mais conhecida pelos próprios cidadãos de língua portuguesa.
Segundo José Luís Guterres, o Timor também está disposto a se transformar numa plataforma no sudeste asiático para o setor privado e todos os empresários de língua portuguesa.
“Nós precisamos de, enquanto organização, explicar aos nossos povos o que nós queremos com a Cplp porque se não a impressão que se tem é que é mais uma reunião, onde se fala muito, se gasta muito dinheiro, mas não há resultados. Nós temos que, como a Cplp, aproximamos mais os povos que falam a língua portuguesa. E por outro lado, o mais importante também é trazermos o setor privado para participaramos na expansão ou no reforço desta comunidade.”
Mercados Regionais
José Luís Guterres afirma que a força da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa está também nos mercados regionais abrigados, indiretamente pelo bloco, como Mercosul e União Europeia, entre outros.
“Nós sabemos que as grandes empresas não precisam de ninguém para fazer sua expansão porque já estão lá. A Embraer está em todo lado e tem vendido aviões na Indonésia e várias partes do mundo. Mas nós falamos em particular pequenas e médias empresas que são o que faz funcionar as economias dos nossos países.”
Fundada em 1996, a Comunidade dos Países de Língua Portuguesa abriga as oito nações que falam português em quatro continentes.