Timor-Leste: Conselho de Segurança tem que ter Brasil, Índia e Indonésia
Ministro das Relações Exteriores timorense diz que o Brasil é hoje um país democrático que pode ajudar “na estabilização de problemas do mundo”; pedido para reforma do órgão da ONU foi reiterado em discurso na Assembleia Geral.
Mônica Villela Grayley, da Rádio ONU em Nova York.
O Timor-Leste está defendendo a reforma do Conselho de Segurança com assentos permanentes para Brasil, Índia e Indonésia.
Segundo o país de língua portuguesa, no sudeste da Ásia, o mundo mudou e o Conselho de Segurança deve atender à demanda de uma nova realidade geopolítica.
Coragem
A defesa da reforma foi feita durante os discursos em debates de líderes internacionais na Assembleia Geral, encerrado em 1º de outubro.
Nesta entrevista à Rádio ONU, o ministro timorense do Exterior afirmou que seu país apoia as mudanças.
“O senhor presidente, general Taur Matan Ruak, na Assembleia Geral, falou sobre a necessidade de renovação no Conselho de Segurança em nível de membros permanentes. Nós claramente dissemos que é necessário que o Brasil, a Índia e a Indonésia sejam partes dos membros permanentes do Conselho de Segurança renovado. O Brasil é hoje uma das economias mais desenvolvidas do mundo, é um país democrático. Acreditamos que ele pode dar muito para a estabilização em nível dos problemas do mundo. O Brasil é um país que tem coragem de dizer os seus valores e afirmar os seus princípios sem a temeridade.”
O Timor-Leste é um dos oito membros da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa, Cplp.
Atualmente, o Conselho de Segurança é formado por 15 países, cinco com assentos permanentes e 10 com cadeiras rotativas.