São Tomé e Príncipe quer apoios para dar impulso à indústria de petróleo
País de língua portuguesa defende envolvimento de mais empresas para avaliar potencial de exploração do recurso; petrolífera angolana visada para o estreitamento da cooperação.
Eleutério Guevane, da Rádio ONU em Nova Iorque.
As autoridades de São Tomé e Príncipe pretendem prosseguir com a prospeção petrolífera, mas dizem precisar de ajuda da comunidade internacional. A aposta foi revelada, em Nova Iorque, pelo embaixador do país junto das Nações Unidas, Carlos Agostinho das Neves.
“Nós temos duas zonas petrolíferas, uma é uma área conjunta com a Nigéria, e que já fizemos a licitação de alguns blocos. Já tivemos algumas empresas a fazer a perfuração. Infelizmente, uma delas encontrou petróleo de boa qualidade mas acha que não tem quantidade comercial suficiente. Ela retirou-se mas, nós vamos prosseguir com outras empresas”, disse.
Expectativas
A descoberta de quantidades do recurso que sejam comercialmente exploráveis tem sido uma das expectativas para impulsionar o desenvolvimento económico do arquipélago, com cerca de 180 mil habitantes. O diplomata falou das ações atualmente em curso.
“Temos outra zona que é a Zona Económica Exclusiva, na também já abrimos concurso. Há empresas que concorreram e ganharam, estão ainda numa fase de prospeção. Esperamos que São Tomé possa beneficiar desse recurso”, contou.
Parceria
Para a o setor, o país diz não descartar o apoio de nações de língua portuguesa, tendo manifestado a intenção de estender a parceria com a empresa estatal angolana dedicada ao ramo petrolífero.
“A Sonangol tem uma cooperação institucional conosco, não está propriamente na exploração de nenhum bloco e esperamos que no futuro venha a estar. Angola é um país muito próximo, muito amigo e com o qual nós queremos a maior cooperação possível”, destacou.
De acordo com o Banco Mundial, 85% do orçamento são-tomense é proveniente do apoio de parceiros de desenvolvimento. O país ocupa o lugar 144 do Índice de Desenvolvimento Humano, que integra 186 nações.
O desempenho são-tomense supera ao da média da África Subsaariana, que, de acordo com o órgão, regista uma melhoria de indicadores de uma forma consistente.