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Líder da Cplp diz que bloco tem que investir mais em comércio e negócios BR

Líder da Cplp diz que bloco tem que investir mais em comércio e negócios

Secretário-executivo contou à Rádio ONU que está desenvolvendo propostas para aumentar a circulação de empresários dentro dos oito países que falam português.

Mônica Villela Grayley, da Rádio ONU em Nova York.

A Comunidade dos Países de Língua Portuguesa, Cplp, deve avançar mais na área comercial e explorar o potencial de negócios dos oito países do bloco.

A proposta é do secretário-executivo da Cplp, Murade Murargy.

Assembleia Geral

Ele esteve em Nova York para acompanhar os debates dos líderes mundiais na Assembleia Geral. Nesta entrevista à Rádio ONU, Murade Murargy disse que a Cplp precisa inaugurar um espaço de livre circulação para empresários e homens de negócios dos oito países lusófonos. 

“O que nós queremos é criar uma comunidade de povos, de Estados, de cidadãos em que eles possam movimentar-se mesmo a nível de negócios. Os negócios bilaterais estão acontecendo, mas é preciso criar um espaço em que os homens de negócios possam circular livremente, fazer seus negócios que vão contribuir, de certo modo, para o fortalecimento econômico de nossos países. Isso é o que nós queremos.”

União Europeia

Os oito países-membros da Cplp participam de vários blocos regionais em todos os continentes. Para Murade Murargy, a cooperação deve ocorrer também entre os blocos regionais usando os membros da Cplp como ponte para o comércio.

“Cada um de nossos países estão em blocos regionais distintos. Moçambique e Angola estão na Sadc, na Cedeao estão Cabo Verde e Guiné-Bissau. Portugal está na União Europeia. E são grandes mercados. E se um investimento dos nossos países, em Moçambique ou em Angola, tem um mercado vasto que é a Sadc, onde os produtos entram. A partir daí, nós podemos exportar.”

Entre os mercados regionais dos quais os países-membros da Cplp participam está também o Mercosul, com a presença do Brasil.

Criada, em 1996, a Cplp reúne atualmente todos os países que falam a língua portuguesa, além de nações que têm interesse na cooperação com o bloco como membros-associados incluindo o Senegal e Ilhas Maurício.