Perspectiva Global Reportagens Humanas

Música e sabores marcam Dia da Língua Portuguesa e da Cultura na ONU

Bandeiras dos países de língua portuguesa. Foto: Cplp

Música e sabores marcam Dia da Língua Portuguesa e da Cultura na ONU

Cplp reafirma aposta de valorizar mais o idioma em negócios, ciência, cultura e tecnologia; Brasília concentra expectativas de cimeira "histórica"  para definir novo rumo da organização.

Eleutério Guevane, da Rádio ONU em Nova Iorque.

A comunidade internacional junta-se para comemorar o Dia da Língua Portuguesa e da Cultura, este 5 de maio, na sede das Nações Unidas.

Em Nova Iorque, serão também celebradas as duas décadas da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa, sob o lema "Cplp: 20 Anos - A diversidade que nos Une."

Língua Global

Falando à Rádio ONU, de Lisboa, o secretário executivo da Cplp, Murade Murargy, destacou que o idioma de Camões desperta interesse crescente a nível global.

"A língua portuguesa entrou também na área económica, na área de negócios, temos visto muita literatura nesta matéria em que o portugês é considerado idioma de negócios.Temos países não-membros da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa que estão desenvolvendo grandes projetos para a promoção da língua. Temos o caso da China, dos antigos países do Leste (europeu) e de países africanos empenhados no ensino do idioma. A língua portuguesa é idioma de comunicação, ciência e tecnologia e estamos tentando valoriza-la cada vez mais."

Economia e Conhecimento

Murargy defende uma maior preparação dos lusófonos para desafios em áreas como economia e difusão do conhecimento.

Uma cimeira marcada para Brasília deve renovar compromissos para uma nova orientação do bloco.

"Estamos preparando uma cimeira que se vai se realizar no Brasil. Ainda não tem data marcada. É uma cimeira histórica. Para além de celebrar o vigésimo aniversário, ela também vai adotar uma declaração que lança a nova visão estratégica que aponta novos rumos do futuro. Nós estamos neste momento a pensar numa Cplp que temos de  consolidar e ter maior visibilidade aproximando-se cada vez dos seus povos e criando condições para que cidadãos da nossa comunidade sintam-se mais próximos. Que eles são parte da organização e que esta não é apenas de governos."

Aposta

A organização que junta Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Guiné Equatorial, Moçambique, Portugal, São Tomé e Príncipe e Timor-Leste mantém a aposta no português como veículo de comunicação e de união dos 250 milhões de falantes.

Nas vésperas do evento nas Nações Unidas, os países-membros da Cplp realçaram o objetivo de continuar a promover a cultura, a cooperação política e comercial.