Ban diz que é hora de colocar as diferenças de lado sobre a Síria

Declaração do Secretário-Geral foi feita em comunicado na reunião dos chamados “Amigos do Povo Sírio” realizada na ONU; ele afirmou que em face a grandes desafios, líderes mundiais devem tomar decisões difíceis.

Edgard Júnior, da Rádio ONU em Nova York.

O Secretário-Geral da ONU, Ban Ki-moon, afirmou esta quinta-feira que chegou a hora de os países colocarem as diferenças de lado e adotarem uma ação diplomática em relação à Síria.

O comunicado de Ban foi entregue ao grupo “Amigos do Povo Sírio” pelo secretário-geral assistente para Assuntos Políticos, Oscar Fernandez-Taranco.

Sofrimento

Na nota, o chefe da ONU disse que o povo sírio já sofreu o suficiente. Ele alertou que existem os céticos que querem ver o processo fracassar e outros que farão tudo para miná-lo.

Ban disse ainda que muitos não compartilham da visão de uma Síria unificada e democrática que proteja a diversidade de seu povo e que rejeite o extremismo e o terrorismo.

O Secretário-Geral deixou claro na mensagem que em face a tais desafios, os líderes mundiais devem tomar decisões difíceis com coragem e convicção.

Crise

Ban repetiu que não há solução militar para a Síria e que a saída para o país é através do diálogo e de um compromisso político. Para ele, a Conferência Genebra II pode ter sucesso na resolução da crise.

O chefe da ONU e os ministros das Relações Exteriores dos cinco países-membros permanentes do Conselho de Segurança se reuniram nesta semana para discutir a situação no país árabe.

Eles concordaram em trabalhar juntos para fazer com que todas as partes envolvidas no conflito sírio compareçam ao encontro para negociar, em boa fé, uma solução baseada no Comunicado de Genebra.

Consultas

Nesta sexta-feira, Ban e o representante especial da ONU e da Liga Árabe para a Síria, Lakhdar Brahimi, vão continuar com as consultas para marcar uma data para a Conferência.

O Secretário-Geral encerrou o comunicado dizendo que as Nações Unidas estão comprometidas a fazer o máximo possível para pôr um fim à crise e permitir que o povo sírio adote suas próprias decisões políticas.