Mais de 40 africanos mortos a tentar cruzar o Mediterrâneo em seis meses
Acnur diz que maioria dos migrantes com destino à Itália e Malta é proveniente da Líbia e de outros países do norte de África; Na Itália, cidadãos da Síria, do Egito e do Paquistão também pediram asilo.
Mônica Villela Grayley, da Rádio ONU em Nova Iorque.
Cerca de 40 pessoas morreram a tentar cruzar o Mar Mediterrâneo a partir do norte de África no primeiro semestre deste ano.
O Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados, Acnur, disse, nesta sexta-feira, em Genebra, que 500 migrantes perderam a vida na travessia no ano passado.
Abrigo
A estação de maio a setembro é tida como a mais intensa na tentativa de migrantes e candidatos a asilo de entrar na Europa. No total, mais de 8,4 mil tentaram chegar à Itália e a Malta em busca de abrigo nos primeiros seis meses deste ano.
De acordo com o Acnur, o número é quase o dobro dos 4,5 mil migrantes que entraram na região no ano passado.
Travessia
Neste ano, a maioria das pessoas seguiu para a Itália, que foi destino de 7,8 mil migrantes. Cerca de 600 seguiram para Malta. O porta-voz do Acnur, Adrian Edwards, destacou os riscos da travessia.
O representante disse que o Mar Mediterrâneo é considerado uma das passagens mais procuradas do mundo, mas é também uma das mais perigosas para migrantes e candidatos a asilo a caminho do sul da Europa.
Síria
Dados do Acnur indicam que a maior parte dos migrantes vem da Líbia e outras nações do norte de África. Já 1,7 mil pessoas cruzaram da Grécia e da Turquia para o sul da Itália nas regiões de Apúlia e Calábria.
Vários migrantes provêm da Somália e da Eritreia. Mas cidadãos da Síria, do Egito e do Paquistão também pediram asilo ao país europeu. Uma pequena parte seguiu do Mali, do Afeganistão e da Gâmbia.