Drogas afetam desenvolvimento na América Latina e no Caribe
Afirmação é do secretário-geral da OEA na reunião da Cepal em Santiago, Chile; crimes e violência limitam a democracia e a liberdade na região.
Edgard Júnior, da Rádio ONU em Nova York.
O secretário-geral da Organização dos Estados Americanos, José Miguel Insulza, afirmou que os problemas das drogas afetam os pilares do desenvolvimento na América Latina e no Caribe.
Insulza fez a declaração na apresentação do relatório “O Problema das Drogas nas Américas”, na sede da Comissão Econômica e Social para a América Latina e Caribe, Cepal, em Santiago do Chile.
Violência
O chefe da OEA explicou que a violência é o que mais preocupa a população. Todos os níveis do processo de produção das drogas são, geralmente, ilegais e acabam ocasionando outros crimes.
A secretária-executiva da Cepal, Alicia Bárcena, afirmou que o relatório surge num momento de “frustração com os resultados das políticas contra drogas, que há muitos anos prevalecem na região.”
Bárcena disse que a Cepal acredita que é impossível falar sobre desenvolvimento econômico e social sem mencionar democracia e igualdade social. Segundo ela, outro ponto que não pode deixar de ser citado é o efeito da violência, particularmente na América Central e no México.
Causas
Segundo a chefe da Cepal, assim como a indústria do tráfico de drogas, a violência e a criminalidade são causas e consequências da pobreza, da insegurança e do subdesenvolvimento.
Bárcena disse que o crime e a violência limitam a democracia e a liberdade e reduzem a qualidade de vida dos cidadãos.
Diferenças
O relatório da OEA reconhece as diferenças das sociedades da região e que o problema das drogas as afeta de forma variada.
O documento cita que os mais altos índices de assassinatos relacionados às drogas ocorrem não nos países consumidores, mas sim, nos países onde o tráfico está mais concentrado.