Agências humanitárias revelam desafios de saúde com conflito sírio
Problemas incluem doenças transmissíveis, mentais e falta de atendimento com vítimas incluindo mulheres e crianças; Unrwa diz que refugiados palestinos são novos alvos diretos do conflito.
Eleutério Guevane, da Rádio ONU em Nova Iorque.
Entidades das Nações Unidas alertaram, esta sexta-feira, em Genebra, para os problemas de saúde enfrentados pelos sírios devido ao conflito no país do Médio Oriente.
De acordo com o Fundo das Nações Unidas para a Infância, Unicef, mais de 4 milhões de crianças afetadas pela crise estão em risco de contrair doenças como a diarreia com a falta de água potável e de instalações sanitárias.
Boa Higiene
Nesta sexta-feira, o Unicef disse prever que deslocados internos e sírios, albergados nos países vizinhos, enfrentem graves problemas de escassez do líquido com o aproximar do verão.
O Unicef refere que refugiados vivem em locais superlotados onde tem sido um grande problema manter uma boa higiene.
Combates
A probabilidade de as crianças caírem doentes aumenta mesmo com ações de apoio em saneamento sustentável da água nos serviços de higiene oferecidos a cerca de 9 milhões de sírios desde o início do ano.
O Unicef refere que, na Síria, novos geradores e sistemas de água recentemente consertados mantêm as redes e as instalações de purificação operacionais, mesmo em áreas onde tenham ocorrido pesados combates.
Apoio Psicossocial
O apoio psicossocial na Síria como nos países vizinhos também mereceu atenção. O tipo de orientação é considerado vital para sírios com sentimentos de raiva, medo, incerteza sobre o futuro, tristeza e desorientação generalizada, particularmente entre a população deslocada.
Uma iniciativa de € 1,5 milhão foi anunciada pela Organização Internacional para Migrações, OIM, que revelou que o programa é financiado com apoio da Itália.
Atendimento
Por outro lado, a demora no atendimento médico aos feridos foi apontada como problemática pela Agência da ONU de Assistência aos Refugiados Palestinianos.
A Unrwa considerou que a evacuação ou tratamento de feridos nos acampamentos que assite são impossíveis devido ao conflito armado.
Bomba
Um exemplo citado foi um ataque que, nesta quarta-feira, provocou cinco mortos numa escola que acomoda 260 refugiados e deslocados palestinianos apoiados pela agência em Khan Eshiehue.
As vítimas atingidas pelo lançamento de uma bomba foram atendidas somente no dia seguinte, no ataque que matou cinco pessoas e fez 11 feridos graves. A maioria eram mulheres e crianças.
O Unrwa considera o ataque a acampamentos que albergam palestinianos na Síria “um novo alvo direto do conflito”, ao alertar para o aumento de hostilidades, mortes, feridos e sobreviventes traumatizados, deslocados e empobrecidos.